Luciana Mandler
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Os serviços de coleta de lixo e de materiais recicláveis são essenciais. Por isso, são atividades que não podem parar. Enquanto em meio à pandemia do novo coronavírus o comércio precisou fechar as portas por um tempo, assim como shoppings, bares, restaurantes, por exemplo, o recolhimento de resíduos não parou.
Embora a Cooperativa de Catadores e Recicladores de Santa Cruz do Sul (Coomcat) não tenha interrompido as atividades, o responsável pela comunicação Jonathan Santos, ressalta que a pandemia fez com que a cooperativa alterasse seu sistema de trabalho. “Como consequência, houve uma queda no recolhimento de resíduos, então qualquer análise em cima de números não seria completa”, avalia.
De janeiro a agosto deste ano, a cooperativa coletou 375 toneladas pela Coleta Seletiva Solidária, o que representa uma média de 44 toneladas/ mês, tendo ocorrido pico maior no mês de fevereiro.
No ano passado, de janeiro a setembro, foram coletadas 373 toneladas, também numa média de 44 toneladas por mês. O pico, segundo Jonathan Santos, foi no mês de novembro, quando ocorreu o avanço da Coleta Seletiva Solidária para mais seis bairros dentro do Município.
Durante o “boom” da pandemia, Santos diz ter sido um período de dificuldade, pois muitas empresas/ indústrias não estavam comprando resíduos, e também algumas acabaram fechando as portas, pois não conseguiam manter o empreendimento.
Para o responsável pela comunicação da Coomcat, este está sendo um período de aprendizados, “de muitas readequações, principalmente”, analisa. “Acreditamos que a pandemia fez com que as pessoas tivessem um olhar diferente para as coisas, um olhar mais empático”, acredita. Essa situação possibilitou com que a Coomcat pudesse estreitar ainda mais os laços com a comunidade santa-cruzense. “E nosso objetivo é manter e fortalecer estes laços, seja através da coleta seletiva, quanto em ações voltadas junto à comunidade”, finaliza.
COLETA CONESUL
A Conesul Soluções Ambientais, que realiza a coleta de resíduos sólidos em Santa Cruz do Sul, avalia que não houve alteração no descarte de lixos, nem mesmo durante a pandemia. Segundo o gerente operacional, Ricardo Muradás, o que houve foi uma redução na área central em virtude de o comércio estar fechado, sendo produzido menos lixo. Em contrapartida, aumentou a quantidade nos bairros, pois as pessoas passaram a ficar mais tempo em casa, mantendo o equilíbrio na coleta de forma geral.
Em 2020, a média de quilos coletados por ano é de 2.273,33 toneladas, enquanto que no ano passado foi de 2.301,34 toneladas. De janeiro a agosto deste ano, foram recolhidas 18.186,71 toneladas de resíduos. Já no mesmo período do ano passado foram coletadas 18.338,54 toneladas.
ITENS MAIS DESCARTADOS
Na Coomcat, os itens mais descartados
são: papéis (papelão marrom, colorido, papéis de escritórios, caixas de leite);
plásticos (sacolas de mercado, isopor, garrafas pet), vidros (garrafa, vidros
quebrados); metais (sucata de ferro, latas de refrigerantes e alimentos);
eletroeletrônicos (CPU, monitor, televisores, micro-ondas, celulares) e óleo de
cozinha.