Para quem acreditava que não seria possível o Governo Bolsonaro se superar nas suas trapalhadas, nesta última semana, mais uma para a coleção. A nomeação e demissão do “ministro”, “professor”, “militar da reserva”, “mestre, doutor e pós doutor”, coloco entre aspas, pois não sabemos ao certo o que é verdade na biografia do breve Carlos Alberto Decotelli. Depois da Damares e Weintraub, não era crível que pudesse piorar, mas por incrível que pareça, foi possível.
Tal situação demonstra de forma cabal, a total desqualificação do corpo técnico que presta auxílio ao presidente, pois não é admissível que um cidadão com todas as credenciais que disse ter, não ter sido objeto de uma análise mais detalhada, em especial quando se trata do Ministério da Educação. Não pode o órgão responsável pela aferição e validação de todas as instituições de ensino do País ser pego de surpresa, pois deveria sim, a equipe de assessoramento do presidente buscar informações junto às instituições em que se formou o candidato, para verificar a veracidade do currículo, quando trata-se de candidato a Ministro da Educação.
É muito comum no mundo acadêmico essa procura insana por títulos de pós graduação, como forma de valorização do currículo, o que diga-se, é algo louvável, e deve ser incentivado pelo Estado, com bolsas de pesquisa científica, pois momentos como o de agora, demostram como é necessária a pesquisa, e mais, que este conhecimento não fique somente em poder de grandes grupos econômicos, como tem sido o caso da saúde, onde com a crise da Covid-19, fez com que houvesse a cobrança de valores absurdos de insumos na área da saúde.
Já por outro lado, o resultado da educação não deve ter como foco a simples qualificação do currículo, mas sim o avanço na ciência e a procura de soluções de dilemas que afligem o planeta e seus habitantes, nas mais variadas áreas do campo científico.
Mas, frente ao que se noticiou, o breve Ministro, teve a clara e notória intenção de acrescer ao seu histórico acadêmico diplomas e honrarias que nunca teve, e o mais sério, se não tivesse tido a ousadia de pretender ser Ministro da Educação, talvez sua pseudo trajetória acadêmica jamais teria sido questionada.