Conforme orientação do Conselho Nacional de Educação (CNE), que autoriza a oferta de atividades não presenciais em todas as etapas de ensino, desde a educação infantil até o ensino superior, a Secretaria Municipal de Educação (SEE), de Santa Cruz do Sul, iniciou esta semana o atendimento aos estudantes das 45 escolas da rede municipal e mais do Núcleo Municipal de Educação de Jovens e Adultos (Cemeja).
As atividades estão sendo oferecidas por meios digitais, através de plataformas como o WhatsApp, e também com a distribuição de materiais pedagógicos. Estudantes da zona urbana que não dispõem de acesso à internet não serão prejudicados. Já no interior, onde problemas com o sinal são recorrentes, vai predominar a modalidade de distribuição de materiais impressos, que poderão ser retirados na escola mediante agendamento ou nas localidades mais distantes entregues pela própria secretaria.
Na Escola Municipal de Ensino Fundamental Guido Herberts, no Bairro Várzea, no decorrer desta quarta-feira, 13, pais foram até o local retirar os materiais. A diretora Lucênia Pohlmann explicou que as atividades serão encaminhadas por WhattsApp sempre nas terças-feiras, valendo até a segunda-feira seguinte. “O novo sempre assusta, mas o retorno está sendo bem positivo, pais já nos encaminharam fotos dos filhos em atividade. Os alunos estão interagindo e dando retorno”, comemorou ela.
Conforme o planejamento das atividades, nos turnos em que ocorreriam as aulas presenciais, os professores permanecerão à disposição dos alunos, interagindo no ambiente virtual. Atividades que requeiram avaliação dos professores serão entregues quando as aulas voltarem à normalidade.
Desde o mês de abril, a SEE e equipes técnicas das escolas municipais já vinham se reunindo para formatar um modelo de ensino à distância que permitisse acesso universal aos estudantes da rede. Com o decreto governamental mantendo as aulas suspensas em todo o Estado e o parecer do CNE, que determina como devem ser as atividades não presenciais, definiu-se um Plano de Ação para o setor.
Nesse período foram discutidas inúmeras questões como número de estudantes, localização, perfil social, acesso à internet e rede de telefonia e acesso à escola. Também foram trabalhados os desafios para atender as especificidades de estudantes que moram nos bairros, quanto os do interior.
De acordo com a secretária municipal de Educação, Juliana Bach, as escolas darão continuidade à distribuição dos materiais pedagógicos até sexta-feira. “Nenhum aluno da rede deve ficar sem ter acesso às atividades. Essa é a nossa grande preocupação neste momento, além de oferecer a continuidade de um ensino público de qualidade, com seriedade e comprometimento, para que os alunos realmente aprendam, porque esse é o objetivo da escola”, disse ela.
No caso das escolas municipais de educação infantil, a oferta de atividades não presenciais não é obrigatória, porém as instituições também farão uso do WhattsApp, encaminhando sugestões de atividades a serem implementadas pelos pais com seus filhos. As escolas também estarão de portas abertas para a retirada de materiais didáticos, mediante marcação de horário.
Ainda segundo o CNE, a decisão final sobre como ficará o calendário escolar deste ano caberá a estados, municípios, instituições de ensino superior e escolas da rede privada.