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Informativos e artigos para o fim de semana

IECLB – Como ter paz?

Depois da crucificação de Jesus, os discípulos estavam reunidos de portas trancadas com medo dos líderes judeus (Jo 20.19). Esse medo era real! Eles viram tudo o que o Mestre passou: foi questionado, traído por um dos seus amigos por 10 moedas de prata, preso, julgado em espetáculo público, torturado, sofreu a pena de morte. Quem não teria medo de ser seu amigo, sua amiga e seguidor, seguidora? Poderiam ter que enfrentar situação semelhante, dor semelhante e a morte!

Jesus chegou e lhes disse: “ Que a paz esteja com vocês! ” Como ter paz, estando com medo? O medo tira a nossa paz. Traz angústia, pensamentos ruins, alarmistas, exagerados até. Os discípulos bem o sabem. Como continuar? Como levar adiante o anúncio de Maria Madalena: “Ele ressuscitou!?”

Nos últimos meses, todos nós estamos sentindo que o mundo mudou, e ele mudou mesmo. Sabemos que é temporário, mas o sentimento não é esse. Sabemos que as coisas vão ser diferentes. A perda da normalidade da rotina de nossas vidas, do nosso trabalho; o medo do estrago econômico; a perda de contato social. Isto está batendo forte em cada um/uma de nós. Estamos em luto. Não estamos acostumados a este tipo de luto coletivo no ar.

Então, Jesus vem e diz: “Que a paz esteja com vocês”! Como ter paz?

O que nos tira a paz, neste momento, é a ansiedade, pois a nossa mente começa a nos mostrar imagens alarmistas. Começamos a ver os piores cenários. Não podemos ignorar essas imagens ou tentar fazê-las ir embora — nossa mente não nos deixa fazer isso. O que precisamos agora é encontrar o equilíbrio nas coisas que estamos pensando. Não podemos deixar que nossos pensamentos vão para o futuro, imaginando o pior. Focar no presente e fazer o que é possível.

Os discípulos precisaram muito disto. Seu medo e seu luto o estavam paralisando, deixando-os trancados em casa, em si mesmos. Jesus precisou vir e dizer 3 vezes: “Que a paz esteja com vocês”. E foi claro no seu pedido: “Assim como o Pai me enviou, eu também envio vocês!” Com a paz do Cristo que ressuscitou na Páscoa, não precisamos deixar que o medo e o luto pelo que vivemos até aqui nos domine. Cristo está vivo e presente na comunhão, mesmo que virtual, na solidariedade, no cuidado, no agir responsável de todos. Cristo vive! Ele sempre quer salvar! Creiamos nisto, mesmo sem ver!

Pa. Anelise Lengler Abentroth

Avisos:
Todas as atividades presenciais continuam suspensas nas Comunidades.
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A ressurreição de Jesus

Caros diocesanos. Estamos vivendo o ciclo central do ano litúrgico: o Mistério da Páscoa. Não entenderemos o que é a Páscoa se separarmos morte e ressurreição. A própria palavra Páscoa significa passagem: passagem da morte de Jesus para a vida nova da ressurreição. São Paulo escreve aos Coríntios: “Se Cristo não ressuscitou, a vossa fé é ilusória e ainda estais nos vossos pecados”; e acrescenta: “Se é só para esta vida que pusemos a nossa esperança em Cristo, somos, dentre todos os homens, os mais dignos de compaixão” (1Cor 15, 17 e 19).

O que entendem mesmo os primeiros cristãos, quando falam em Ressurreição de Jesus? Para eles não se trata de uma simples imaginação, mas de um fato real que os tirou da perplexidade e frustração. Esta ressurreição não consiste num retorno de Jesus à sua vida anterior na terra. Ele não retorna à sua vida biológica (reencarnação), para depois morrer novamente de forma irreversível. A ressurreição não é, portanto, a reanimação de um cadáver, como aconteceu com Lázaro, com a filha de Jairo e o jovem de Naim. Com a ressurreição, Jesus entra definitivamente na Vida de Deus, onde a morte não tem mais nenhum poder. Ele não morreu para o vazio do nada, mas para a comunhão plena com Deus. Por isso afirma São Paulo: “Se já morremos com Cristo, cremos que também viveremos com ele, sabendo que Cristo, ressuscitado dos mortos, não morre mais. A morte não tem mais domínio sobre ele” (Rm 6, 9). Pelas narrativas dos evangelistas, percebemos que Jesus é o mesmo, mas não é como antes, apresentando-se agora cheio de vida nova; é alguém real e concreto, mas os discípulos não conseguem retê-lo e conviver com Ele, como anteriormente, pois está com uma existência nova, com um corpo glorioso que dá plenitude à sua vida. Os primeiros cristãos entendem a ressurreição de Jesus como uma atuação de Deus que, com sua força criadora, resgata Jesus da morte para introduzi-lo na plenitude de sua própria vida. As comunidades primitivas acreditam que o acontecido com Jesus, o “Primogênito dos mortos”, é a garantia da ressurreição da humanidade e da criação inteira. Deus, ressuscitando Jesus, começa a nova criação, confirmando seu plano de salvação, presente desde a criação do homem e do mundo: partilhar sua vida divina, sua felicidade com o ser humano.

O encontro com o Ressuscitado, a fé de que Jesus está vivo e está novamente com eles, provoca uma reorientação total nos discípulos: passam por nova compreensão do mistério de Deus na realidade de suas vidas. Paulo é exemplo claro dessa transformação, antes perseguidor, agora, torna-se homem novo, possuído pelo poder do ressuscitado: “Eu vivo, mas não eu: é Cristo que vive em mim. Minha vida atual na carne, eu a vivo na fé, crendo no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim” (Gl 2, 20). (Cf PAGOLA J. A., Jesus, Ed. Vozes, Petrópolis, 2011, pp. 489-520).

Caros diocesanos. Como podemos perceber, para os primeiros discípulos, o encontro com o Ressuscitado foi decisivo para suas vidas. A experiência da presença do Senhor, pela fé amadurecida, os fez missionários da boa-notícia da salvação, realizada por Deus que nos amou incondicionalmente em Jesus Cristo, morto e ressuscitado. Eis o mistério que a liturgia pascal nos faz cantar neste tempo: “Este é o dia que o Senhor fez para nós. Alegremo-nos e nele exultemos! Aleluia!”

Caros diocesanos, mesmo em tempos difíceis de ameaça do coronavírus, continuamos a saudar-vos com votos de ‘Feliz Páscoa’ ou ‘Feliz Tempo Pascal’, pois a nossa verdadeira vida já se esconde em Cristo!

Dom Aloísio Alberto Dilli – Bispo de Santa Cruz do Sul

Informativo Diocese

É tempo de cuidar: Ciente de que, “por causa da pandemia do novo coronavírus, grande parcela da população brasileira tem suas fontes de renda fortemente afetadas e está enfrentando uma realidade de extrema pobreza”, a CNBB e a Cáritas Nacional lançaram, no domingo de Páscoa, a Ação Solidária Emergencial da Igreja no Brasil. A Igreja “quer que se multipliquem os gestos solidários nas comunidades, nos setores da indústria e do comércio e nas famílias para que essas pessoas possam ser cuidadas e que possam cuidar de suas famílias”. Os proponentes afirmam: “Sabemos que muitas comunidades, paróquias e dioceses realizam muitos trabalhos de promoção da dignidade humana e também ações de solidariedade com pessoas em situação de vulnerabilidade social. Por isso, a Igreja do Brasil convoca todas as pessoas de bom coração, especialmente, suas comunidades eclesiais, para que se somem às iniciativas já em curso ou promovam novas ações de solidariedade nesse momento tão difícil da vida humana. Para uma ação de resposta aos impactos e consequências da pandemia de coronavírus, há três fatores abrangentes que devem ser levados em consideração: Primeiro, as pessoas devem ser vistas como seres humanos, não apenas como casos. Portanto, é fundamental a garantia da dignidade humana. Em segundo lugar, o envolvimento da comunidade é crucial, mas esse envolvimento deve ocorrer de maneira cuidadosa para não expor as pessoas que querem ajudar nem as pessoas que estão precisando de ajuda. E, em terceiro lugar, o enfoque na prevenção da propagação do coronavírus não deve fazer-nos esquecer as outras necessidades das pessoas afetadas, nem as necessidades médicas de longo prazo da população em geral”.

Consagração à Nossa Senhora de Guadalupe: Ao meio dia do domingo de Páscoa, o Conselho Episcopal Latino-americano promoveu o ato de consagração dos povos da América Latina à Nossa Senhora de Guadalupe. Os canais católicos do Brasil se uniram em rede, para acompanhar a oração proferida por Dom Odilo Scherer: “vos consagramos os nossos povos, especialmente os vossos filhos mais vulneráveis: os anciãos, as crianças, os doentes, os indígenas, os migrantes, os que não têm um lar, aqueles que são privados de liberdade. Acudimos ao vosso Imaculado Coração e imploramos a vossa intercessão: alcançai-nos do Vosso Filho a saúde e a esperança. Que o nosso temor se transforme em alegria; que, no meio da tormenta, o Vosso Filho Jesus seja para nós fortaleza e serenidade; que Nosso Senhor levante a sua mão poderosa e detenha o avanço desta pandemia. Santíssima Virgem Maria, (…) sede fortaleza dos moribundos e consolo dos que choram, sede carícia materna que conforta os doentes; e, para nós, Mãe, sede presença e ternura, em cujos braços todos encontremos segurança.

Páscoa no Facebook: Devido à pandemia do coronavírus Covid-19, poucas pessoas tiveram a graça de participarem das celebrações do Tríduo Pascal em suas comunidades. Por isso, muitas paróquias organizaram celebrações com pequenos grupos que foram transmitidas pelas redes sociais e pelo rádio para milhares de pessoas. Assim, as celebrações na catedral São João Batista de Santa Cruz do Sul, presididas por Dom Aloísio Alberto Dilli, foram transmitidas pela PASCOM da Catedral e retransmitidas pelo site da Diocese. Muitas foram as pessoas que puderam acompanhar. A celebração da Sexta-feira Santa teve 7 mil visualizações e a celebração da bênção dos óleos, 4,8 mil visualizações.

Grupos de Jesus: Estão sendo impressos os roteiros para os encontros em família sobre o sacramento da Crisma. Conhecidos como “Grupos de Jesus”, os roteiros têm a finalidade de levar a reflexão sobre o sacramento da Crisma para as casas de família. Mesmo que, por causa da pandemia do coronavírus seja difícil reunir os vizinhos, os roteiros podem ser usados pelas famílias. No dizer de Dom Aloísio, “incentivemos orações em casa, sobretudo ao redor da Palavra de Deus. Para a período pós-páscoa, temos os Encontros dos Grupos de Jesus da Diocese, que valorizam especialmente a Bíblia e a Leitura Orante da mesma”. A partir do dia 20 de abril, os roteiros estarão à disposição das paróquias.

Reuniões suspensas: As várias reuniões e cursos que estavam marcados em nível de Diocese para este período foram suspensas ou transferidas. Assim sendo, a reunião da equipe ampliada da Romaria da Terra que estava agendada para o dia 21 de abril foi transferida para uma data indefinida. A Assembleia da CNBB, que estava agendada para os dias 22 a 30 de abril foi transferida para agosto.

Nós, seres tomados de medo

Certa vez, meu filho precisava ir ao dentista fazer um pequeno procedimento cirúrgico na carne da gengiva, pois esta não abrira para o dente pré-molar sair. Tudo dentro da normalidade se não fosse o fato dele ter um medo terrível de corte, vacina, sutura, extração e coisas do tipo que envolvam sangue, dor e instrumentos suspeitos. Mas diante da afirmativa médica de extrema necessidade, pois havia risco iminente de infecção, como mãe, eu só pensava “ele tem que fazer”. O levei duas vezes para o procedimento: na primeira vez, diante da mão que não saia defronte a boca serrada, fiz combinações, trocas justas, promessas de presentes e depois de 2 horas de consulta, nada; na segunda, falou ao telefone com o pai e a avó, fiz mais algumas trocas (agora injustas), um pouco de ameaças e inúmeras tentativas após duas injeções de anestésicos, sem sucesso. Mãe e filho, o medo e a frustração tomavam conta de ambos. E se não fosse o fato de eu estar em público ou dirigindo ovolante de um retorno fracassado, eu teria dado
mas “boas palmadas”. Foi aí que uma voz mansa e firme falou dentro de mim: “Não é assim que eu te trato quando você é tomada pelo medo.”. Sim, era Ele. Soou como um soco no meu rosto. Senti um gelo na espinha, um calor na face e pude ver no rosto apavorado daquele menino com medo de um bisturi, o meu rosto exatamente igual quando sinto medo da vida e do que ela me prepara a cada dia. O Rei Davi, no livro de Salmos34.4, registrou sua gratidão a Deus pelo livramento milagroso dado a ele diante de um grande problema, trazendo um testemunho inspirador a todos nós diante dos nossos próprios temores: “Busquei ao Senhor, e ele me respondeu; livrou-me de todos os meus temores” Quem sabe hoje você está tomado pelo medo: de morrer, de ser infectado ou assaltado; medo de perder um familiar, de ficar sem comida ou dinheiro; medo de perder o emprego, a saúde, a vida; medo da solidão, da depressão, do esquecimento; medo do desconhecido, do futuro ou até mesmo de enfrentar um bisturi. Medo, medo, medo… Jesus não te ameaça se não for possível vencer o teu medo; nem tampouco coloca você de castigo por sentir-se incapaz; ele também não te dá uns “tapas” por você fraquejar. Não! Ele quer trazer você para perto, te abraçar e dizer que Ele te entende, te ajuda e te dá força nas horas mais difíceis. Peça agora mesmo por Sua graça, sua força e companhia. Ele te ouvirá! (Paloma Goulart da Silva

Todos os sábados, 13h30, pela Rádio Santa Cruz AM 550 – Programa “A Voz da Assembleia de Deus”.

Alimentos: estão sendo arrecadados alimentos para doação às famílias necessitadas do município. Quem puder ajudar basta levar sua doação na Rua Princesa Isabel, 24, Senai. Informações pelo telefone (51) 3711-1718.