O mundo é injusto. A desigualdade social está presente em nosso planeta. O imperialismo consiste em uma verdade histórica, promovendo a desigualdade entre países. Na Antiguidade, existia o Império Romano, com base onde hoje está a Itália. No final da Idade Média, a Espanha emergia como potência ultramarina. Nas eras Moderna e Contemporânea, a Inglaterra desempenhou o papel de maior potência econômica. Posteriormente, com o decorrer da contemporaneidade, os Estados Unidos assumiram o papel hegemônico.
A crise do novo coronavírus nos chama para a compaixão. Itália, Espanha, Inglaterra e os Estados Unidos estão entre os países mais atingidos pela Covid-19. A Organização das Nações Unidas (ONU) pede que, diante da crise, os países ricos ajudem as nações mais pobres. A crise é na saúde, na economia, na sociedade.
O desafio não é simples para os países atingidos pela Covid-19. Para os governos das nações ricas, há uma tarefa dupla. Conter a crise dentro de seus países, e ainda promover ajuda externa. Haveria uma tomada de consciência, no sentido de aprendermos uma lição básica, a lição da desigualdade? Os países ricos, diante de uma situação dramática em seus próprios territórios, podem aprender que eles, os países mais desenvolvidos, concentram riquezas, impedindo uma melhor distribuição das mesmas ao redor do mundo?
O raciocínio que empreendemos aqui, não propõe somente a “ajuda externa” defendida pela ONU. Propõe algo maior, para bons entendedores. Contudo, sabemos que essa proposta não é nada singela, e simplesmente não será aceita, muito menos colocada em prática. Vale reconhecer, trata-se de uma ideia um tanto utópica, mas válida para reflexão.