Informativo diocesano 8 de abril de 2020
Dom Aloísio publica oração: Diante da pandemia do Covid-19 que atingiu a humanidade, e consciente da importância da oração para este momento, Dom Aloísio Dilli escreveu a “Oração em tempos de pandemia e de Páscoa”. Com a oração, Dom Aloísio pede ao Deus Pai de Misericórdia que surjam novos valores para substituir a visão egoísta que endeusa o poder de mercado, o consumismo insaciável e o bem-estar como objetivo último da vida. Que despontem sábias lideranças mundiais em meio à crise, também em nossas famílias, comunidades e na sociedade em que convivemos, para suscitar valores que respeitem a dignidade da vida, que promovam a justiça, a paz, a fraternidade e tantos outros que emergem do Evangelho”.
Tríduo pascal em família: Devido à pandemia do Covid-19, o povo não poderá ir às igrejas para celebrar o Tríduo Pascal. Por isso, o vice-presidente da CNBB, Dom Jaime Spengler, orienta: “Celebramos o grande mistério da redenção humana na pequena comunidade familiar, seguindo a celebração através das mídias sociais e formando uma grande corrente. Desta forma poderemos viver juntos cada uma dessas celebrações que marcam a nossa fé cristã e católica”.
Tríduo Pascal na Catedral: Na Catedral São João Batista, o tríduo pascal iniciou às 19 horas da quinta-feira. Na Sexta-feira Santa, a celebração da paixão e morte ocorreu às 15 horas. A vigília pascal, no sábado santo, será às 20 horas e a missa da Páscoa, no domingo, às 9 horas. Assim como na Catedral, em todas as igrejas matrizes os padres estarão celebrando o tríduo pascal, sendo que Dom Aloísio orienta os padres a que divulguem os horários ao povo para que, mesmo não podendo ir na Igreja, possa sintonizar com a comunidade a partir de sua casa.
Facebook transmite celebrações da Catedral: Na impossibilidade de o povo participar das celebrações da Semana Santa, presididas por Dom Aloísio Dilli na Catedral São João Batista, a PASCOM da Catedral vai viabilizar a participação às pessoas interessadas por intermédio do facebook (facebook.com/pascomcatedralsjb). É acessar, e se alguém quiser retransmitir, sinta-se livre para fazê-lo. É o que vai acontecer no face da Diocese (www.facebook.com/mitrascs).
Missa do Crisma: Na quarta-feira de tarde, às 18h15m, Dom Aloísio Dilli presidiu a Missa com a consagração do óleo do crisma e a bênção dos óleos do batismo e da unção dos enfermos. Na mesma oportunidade, os padres foram convidados a fazerem a renovação das promessas batismais. Devido ao isolamento a que estamos sujeitos, os padres são convidados a renovarem seus votos a partir de suas casas, podendo, para tal, acessar o facebook: pascomcatedralsjb ou www.facebook.com/mitrascs.
Coletas: Devido ao coronavírus que impede as celebrações nas comunidades, as coletas que estavam programadas para a Semana Santa têm nova data. Assim, a coleta da Campanha da Fraternidade, que estava prevista para o Domingo de Ramos, vai ser realizada nos dias 16 e 17 de novembro, junto com o Dia Mundial dos Pobres. Já a coleta para a Terra Santa, que sempre é realizada na Sexta-feira Santa, foi transferida para os dias 5 e 6 de setembro, próximo à festa da Exaltação da Santa Cruz.
Consagração da América Latina à Nossa Senhora de Guadalupe: A CNBB comunica: “no domingo de Páscoa, 12 de abril, às 14 horas, unimo-nos aos demais países da América Latina e Caribe, conforme solicitação do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM), colocando-nos aos pés da Bem-Aventurada Virgem Maria, consagrando a América Latina e, particularmente, o Brasil, rogando-lhe a intercessão para que a pandemia causada pelo coronavírus seja superada. A Consagração a Nossa Senhora será transmitida, ao vivo, por todas as TVs de inspiração católica, por rádios e pelas redes sociais da CNBB”.
Deus não castiga: Diante das muitas reações ao coronavírus, o portal da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) conversou com o bispo de Santo André e presidente da Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé, dom Pedro Carlos Cipollini, que destacou que “esta visão de que Deus castiga e pune não está de acordo com a revelação que Jesus nos fez do Pai que não quer a morte do pecador, mas que ele se converta e viva. Jesus disse ainda: quero misericórdia e não sacrifício”. Sobre a afirmação de que Deus permite que o coronavírus se alastre em vista de um objetivo maior, Dom Pedro responde: “Sim Deus permite as consequências das ações do próprio homem que hoje por exemplo está destruindo a natureza, a terra, nossa casa comum. Isto porque Deus é Pai, mas não paternalista, ele permite que soframos as consequências de nossas escolhas”. Em relação à afirmação de que a fé possa ser uma armadura contra a epidemia, ele disse: “A fé é sempre uma armadura do espírito para, mais que evitar, vencer o mal em todas as suas manifestações. Porém, a cura pode ser fruto da própria ação inteligente do homem que consegue descobrir os remédios necessários”.
UNIDADE SACERDOTAL E OS SANTOS ÓLEOS
Caros diocesanos. Na Semana Santa celebramos o Mistério da morte e da ressurreição de Jesus Cristo, como unidade pascal. Ela inicia com o Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor e tem seu centro celebrativo no Tríduo pascal, que começa com a Missa vespertina da Ceia do Senhor (5ª Feira Santa) e possui seu ponto alto na Vigília Pascal, encerrando-se com as vésperas do Domingo da Ressurreição.
Hoje não queremos falar diretamente sobre a celebração de todos estes mistérios, próprios da Semana Santa, mas desejamos destacar a vocação sacerdotal, lembrada especialmente no primeiro domingo do mês vocacional de agosto e recordada vivamente na 5ª Feira Santa, quando é celebrada a Missa da Bênção dos óleos e a consagração do santo Crisma, após a Renovação das Promessas Sacerdotais. Nesta celebração o bispo, rodeado pelos seus presbíteros concelebrantes, os quais renovam o que prometeram na Ordenação sacerdotal, abençoa o óleo da unção dos enfermos (usado pelos presbíteros para ungir idosos e doentes), o óleo dos catecúmenos (usado pelos presbíteros e diáconos no Batismo) e o óleo do santo crisma (usado pelos diáconos e presbíteros no Batismo, e pelo bispo na Confirmação, nas Ordenações de bispos e de presbíteros, na Consagração de igrejas e altares). Esta celebração da Missa do Crisma, presidida pelo bispo, “é considerada uma das principais manifestações da plenitude do seu sacerdócio e sinal de estreita união dos presbíteros com ele… A consagração do crisma é da competência exclusiva do Bispo… É sempre concelebrada. Convém que, entre os presbíteros que a concelebram com o Bispo e são seus representantes e cooperadores no ministério do santo crisma, encontrem-se sacerdotes das várias regiões da diocese” (Pontifical Romano, 2ª Ed. Paulus, 2004, pp. 525-527, nn. 1, 6 e 14. Cf. tb. Missal Romano – Missa do Crisma, pp. 235ss).
A reforma litúrgica do Vaticano II, portanto, manteve uma antiga cerimônia e acrescentou o rito da Renovação das Promessas Sacerdotais, que antecede a Bênção dos Óleos e a Confecção do Crisma. Jesus, junto com a eucaristia, instituiu também o sacerdócio, dizendo aos apóstolos: “Fazei isto em memória de mim”. Por isso, na 5ª Feira Santa, de manhã, os sacerdotes das dioceses concelebram com seu Bispo na Missa do Crisma, como sinal de unidade e de comunhão sacerdotal. O bispo, os sacerdotes e diáconos participam do mesmo sacerdócio de Jesus Cristo, embora em graus diferentes.
Na diocese de Santa Cruz do Sul já é tradicional que esta concelebração seja antecipada para a 4ª Feira Santa, à tarde, a fim de que os presbíteros possam voltar da Catedral e celebrar as cerimônias da 5ª Feira Santa em suas comunidades paroquiais (cf. Idem, n. 10). Em 2020, devido às ameaças do coronavírus, a celebração acontecerá sem presença de povo na catedral, mas de profunda comunhão diocesana, à distância.
Pelo que vimos acima, certamente, entendemos o sentido e a importância da bênção dos óleos dos enfermos e dos catecúmenos e da consagração do óleo do santo crisma, na Semana Santa, os quais são levados pelos presbíteros para as Paróquias e ministrados, somente pelos ministros ordenados, durante o ano todo. Por isso, só é permitido o uso destes óleos nas ocasiões indicadas pela Igreja e pelas pessoas competentes, segundo o grau de seu ministério ordenado. Estes Óleos não são usados pelos leigos, mesmo que sejam ministros extraordinários. Também seja evitado o uso de outros óleos, mesmo simbólicos, pois estes confundem os fiéis e levam a equiparações. Concluímos hoje, com votos de feliz e santa Páscoa, mesmo em tempos de coronavírus!
Dom Aloísio Alberto Dilli – Bispo de Santa Cruz do Sul
Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil – IECLB
UMA PÁSCOA INESQUECÍVEL!
Assim está escrito no livro do Êxodo 12.14: “Comemorem este dia como festa religiosa para lembrar que eu, o Senhor, fiz isso. Vocês e os seus descendentes devem comemorar a Festa da Páscoa para sempre”. Esta Palavra de Deus, é dita logo após a última praga para amolecer o coração do faraó, a fim de que ele deixasse Moisés e o povo de Israel sair do Egito, rumo à terra prometida. A décima praga trouxe a morte do filho mais velho de cada casa que não tinha o sangue do cordeiro no batente das portas. O sangue derramado pelo cordeiro em sacrifício a Deus, livrou da morte. Então a saída, a Festa dos pães sem fermento, a passagem pelo Mar Vermelho, o deserto. Vida nova no horizonte, uma longa e demorada caminhada que Deus acompanha durante 40 anos até chegar em Canaã.
No Evangelho segundo Lucas 22.7 está escrito: “Chegou o dia da Festa dos Pães sem Fermento, dia em que os judeus matavam carneirinhos para comemorar a Páscoa”. E Jesus entra em Jerusalém e é aclamado rei, andando no lombo de um burrico emprestado, vestes se tornam tapete e ramos verdes o saúdam. Ele reúne seus discípulos e celebra a Ceia Pascal. Parte o Pão e dá Graças, partilha o Cálice da Bênção e em ambos os gestos recomenda: – “Façam isto em memória de mim”. Corpo e sangue para uma Nova Aliança feita por Deus, com e em favor do seu povo. Junto à mesa há um traidor que é apontado. Seguem-se os acontecimentos: Oração solitária no jardim, os discípulos dormem, Jesus é preso, Pedro o nega três vezes, os guardas batem no Mestre, agora diante de Pilatos e Herodes, condenação com o grito do povo, que preferiu Barrabás. A condenação e crucificação são consequência, lavam-se as mãos. Então a morte, o sepultamento, muita dor, lágrimas… “Porque me abandonaste? O Filho do Homem precisa ser entregue aos pecadores, precisa ser crucificado e precisa ressuscitar no terceiro dia”. Eis o Cordeiro de Deus! As mulheres lembraram disto! Ele vive! Sim! Contemos adiante, pois quem crer não morrerá! Felizes os que não viram e creram! Ele disse!
Nas muitas histórias, nossas e de nossos familiares, é possível que tenhamos várias lembranças relacionadas a Festa da Páscoa. A festa da passagem: Da escravidão para a liberdade, da morte para a vida. Nestas memórias tantas, vamos recordar de alegrias e dores, de saudades e de alento, de tristeza e de ânimo, de desespero e de esperança. Quando festejamos a Páscoa – Passagem, rememoramos. Nesta experiência nos fortalecemos para ir adiante. É passado, é presente, é futuro, Deus caminha com seu povo, Ele Vive, Seu Santo Espírito nos consola e nos põe em movimento. Nos reabastece para o que é essencial e mais profundo do sentido de viver: O cuidado com tudo o que vive na casa maior, especialmente na fragilidade, onde Jesus quer ser encontrado, onde Ele quer entre nós ter comunhão fraterna.
A Páscoa é história, é memória! Neste ano 2020, será marcada para toda a humanidade. Quem vai contar a história adiante precisa ter este olhar amoroso de Jesus, o ouvido Divino que se inclina aos clamores de um planeta que geme de consumismo, exclusão, desigualdades, ambição, lucro, desamor, fome, injustiça e morte. Como as mulheres naquela manhã, contemos adiante que Jesus Vive, Ele ressuscitou, que este mundo tem salvação, quando experimentamos ser, na adversidade, um Cristo para as outras pessoas. Que esta Páscoa seja inesquecível porque vai nos transformar e nos encher da Paixão de Jesus, de amor, de bondade, de paz, de justiça, de fé e de esperança. Feliz e abençoada Páscoa inesquecível!
P. Vilmar Abentroth
Anseios humanos em tempo de pandemia
Nestas últimas semanas (talvez mais que nunca), as pessoas parecem perdidas, confusas e inseguras, apesar de estarem até mesmo trancafiadas em suas próprias casas. O “vilão” da vez? Não, não é nenhum assassino em série ou um criminoso procurado pelas autoridades, ele é um vírus, microscópico, porém letal. Milhares de pessoas evadem de Nova Délhi, parte central da Índia, em direção a lugares supostamente seguro nos povoados; na Europa, cerca de mil pessoas perdem a vida a cada 24 horas; as fake news, a todo instante, têm trazido confusão, mentiras e prejuízos ao mundo já perdido e assustado. Certa feita, Jesus estava rodeado por seus discípulos numa janta muito especial; ocasião em que o Mestre, apesar de conhecer seu traidor (presente ali), saber do seu sofrimento extremo e morte cruel prevista para as horas seguintes, estava com tamanha paz a ponto de conseguir comer, orar, cantar e alegrar-se com seus amigos, além de dar-lhes muitos conselhos e instruções, entre elas, ratificar sua identidade – disse Ele sobre si: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim”. (João 14.6). Jesus sabia que os discípulos ficariam perdidos, confusos e inseguros diante da sua morte (alguma semelhança conosco hoje, não é mera coincidência). Eles estavam vestidos da mesma humanidade que nós e Jesus queria prepará-los, queria mostrar-lhes o CAMINHO, a VERDADE e a VIDA. Em tempos de coronavírus, Ele deseja nos mostrar a direção, a verdade e a vitória sobre a morte; quer nos preparar para viver dias difíceis com a mesma Paz que Ele teve nas horas agonizantes e mortais que passou ante o calvário. Você precisa saber que direção seguir? Você está cansado de enganos, mentiras e falsas esperanças? Você tem medo da morte ou procura por saúde? Saibas que hoje Jesus Cristo, aquele Mestre que preparou, encorajou e consolou seus discípulos para enfrentarem a sua perda, deseja fazer o mesmo com você, não somente diante desta pandemia, mas em todos os desafios da sua vida. Faça uma oração agora e o aceite como amigo, Senhor e Salvador. Ele deseja e você precisa. (Paloma Goulart da Silva)
Todos os sábados, 13h30, pela Rádio Santa Cruz AM 550 – Programa “A Voz da Assembleia de Deus”.
Alimentos: estão sendo arrecadados alimentos para doação às famílias necessitadas do município. Quem puder ajudar basta levar sua doação na Rua Princesa Isabel, 24, Senai. Informações pelo telefone (51) 3711-1718.