Tiago Mairo Garcia
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O ex-jogador Ronaldinho Gaúcho e o seu irmão Assis tiveram uma vitória nos tribunais paraguaios. Na última terça, 7, a justiça concedeu aos dois brasileiros o regime de prisão domiciliar. Com a decisão, os dois deixaram a cadeia em que permaneceram presos por 32 dias, e foram transferidos para um hotel em Assunção, onde irão aguardar o desfecho do processo que respondem por terem entrado no Paraguai com documentos adulterados no início de março.
Na audiência, a defesa dos brasileiros, realizada pelos advogados Sergio Queiroz e Adolfo Marin, ofereceu uma caução de 1,6 milhão de dólares (R$ 8,3 milhões), que já foram depositados no Banco Nacional de Fomento e solicitaram a mudança para prisão domiciliar, indicando o hotel Palmaroga, em Assunção, para que ambos cumpram a medida.
Com a documentação do pagamento da fiança e da hospedagem em mãos, o juiz optou por permitir que eles fiquem em prisão domiciliar enquanto aguardam a sequência das investigações e o julgamento. O Ministério Público defendeu que ambos seguissem detidos, pois, soltos, poderiam atrapalhar as investigações. O valor foi pago em juízo, como garantia de que os dois brasileiros não deixarão o hotel. Em caso de fuga, o dinheiro será resgatado pela Justiça paraguaia.
O ex-jogador e o empresário deixaram a prisão cerca de três horas após a decisão judicial. Os dois foram até uma delegacia em frente ao local e após foram levados pela polícia ao hotel. Ronaldinho e Assis estavam desde o dia 6 de março presos na Agrupación Especializada, quartel da Polícia Nacional do Paraguai transformado em cadeia de segurança máxima. O hotel Palmaroga, onde eles cumprem a prisão domiciliar, é cotado como quatro estrelas pelas publicações especializadas, possui 107 quartos, com diária média no valor de 64 dólares. A direção do hotel aceitou recebê-los, seguindo as condições impostas pelo juiz. A perícia nos telefones celulares de Ronaldinho e Assis, iniciada no dia 18 de março, foi concluída. O Ministério Público do Paraguai informou que continua trabalhando na produção de provas sobre o caso que já teve 15 pessoas presas até o momento.