Tiago Mairo Garcia
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Seguindo as normas da legislação eleitoral para quem deseja concorrer a um cargo público nas próximas eleições municipais, na última sexta, 3, oito secretários municipais que integravam o primeiro escalão do governo Telmo Kirst precisaram deixar os seus cargos. A administração municipal comunicou os desligamentos de Jaqueline Marques (Educação), Gerson Vargas (Obras), Guiomar Machado (Políticas Públicas), Jeferson Gerhardt (Planejamento), Solange Finger (Cultura), Nasário Bohnen (Fazenda), Leandro Kroth (Transportes) e Raul Fritsch (Meio Ambiente).
Além dos secretários exonerados, também apareceu o nome do secretário municipal de saúde, Régis de Oliveira Junior, como um dos que também haviam sido demitidos após valores da remuneração do secretário chamarem a atenção no Portal da Transparência. Enquanto a folha de pagamento do secretário nos meses de janeiro e fevereiro foi de R$ 12.140,06, em março o valor depositado foi de R$ 68.328,29. Deste valor, R$ 16.216,92 corresponde a remuneração básica do secretário e R$ 56.218,66 aparecem como verbas indenizatórias.
Em sua página pessoal na rede social Facebook, o secretário negou que tivesse pedido demissão e destacou que já havia anunciado que ficaria no governo em entrevista para a imprensa. “Meu compromisso é cuidar da saúde. Só sairia se essa fosse à vontade do Prefeito Telmo ou tivesse uma razão maior para abandonar um trabalho que vem sendo feito com tanto cuidado e empenho perante uma situação crítica de pandemia. Sigo exercendo com responsabilidade e total dedicação a minha função de Secretário Municipal de Saúde”, disse o secretário na publicação. Na manhã de ontem, 6, Régis de Oliveira Junior confirmou a devolução de R$ 56.218,66 para o Executivo.
Em nota publicada no último sábado, 4, a Secretaria Municipal de Administração e Transparência (Seat) confirmou que o secretário municipal de Saúde, Régis de Oliveira Júnior, não foi desligado do quadro de servidores da Prefeitura. A Seat esclareceu que, diante da proximidade da data de desincompatibilização dos secretários, a pasta realizou no mês de março um levantamento de valores necessários para a efetivação das rescisões em 5 de abril de 2020. “Como no período ainda não havia a definição de todos os nomes que iriam se afastar, por terem intenção de concorrer no pleito municipal, optou-se por realizar os levantamentos de todos os possíveis desincompatibilizados. O levantamento consiste em simular as rescisões para que se tenha a noção exata dos valores a serem empenhados. A simulação de cálculos é uma prática comum e muito usada principalmente no final de anos fiscais, possibilitando uma melhor clareza e adoção de medidas que visem cumprir as metas orçamentárias. Porém, por erro técnico, não foi excluída do sistema a simulação referente ao secretário Régis de Oliveira Júnior”, disse a Seat. A secretaria informou ainda que a situação será apurada através de sindicância para se tomar as devidas providências.
Em vídeo publicado na tarde de ontem, 6, na página da Prefeitura Municipal de Santa Cruz do Sul na rede social Facebook, o prefeito Telmo Kirst anunciou os primeiros substitutos. Foram anunciados Daniel Feuerharmel (Planejamento), Zeno Assmann (Fazenda), Juliana Bach (Educação), Marcelo Cora (Cultura) e Tiago Staub (Agricultura), que assume no lugar de Delsio Mayer, que foi exonerado na última semana para tratamento de saúde. As pastas de Obras, Transportes, Meio Ambiente e Políticas Públicas seguem sem titulares e serão respondidas interinamente pelo prefeito até serem definidos os novos titulares.
Os secretários desligados
Jaqueline Marques – Educação
Gerson Vargas – Obras
Guiomar Machado – Políticas Públicas
Jeferson Gerhardt – Planejamento
Solange Finger – Cultura
Nasário Bohnen – Fazenda
Leandro Kroth – Transportes
Raul Fritsch – Meio Ambiente
Delsio Mayer – Agricultura