A crise do novo coronavírus nos colocou em uma situação complexa. Em função da preservação da saúde, que vem em primeiro lugar, enfrentamos dificuldades em diferentes áreas, como são os casos da segurança e da economia. Na questão econômica, em particular, os governos nacionais optaram por soluções inevitáveis na fase em que nos encontramos. A ampliação dos gastos públicos para colocar dinheiro em uma economia avariada pela pandemia de Covid-19, é a alternativa adotada.
Em editoriais anteriores, destacávamos que os governos estadounidenses de Franklin Roosevelt (décadas de 30 e 40) e Barack Obama (2009-2017) ampliaram os gastos públicos para oxigenar a economia norte-americana nas crises iniciadas em 1929 e 2008, respectivamente.
Em editorial recente, também, realçávamos a recuperação da Europa pós-Segunda Guerra Mundial, como exemplo de superação humana para nos inspirarmos nesta etapa de pandemia pela qual estamos passando. E, vale acrescentar, a recuperação europeia foi viabilizada pelo Plano Marshall, lançado no governo estadounidense de Harry Truman e desenvolvido no fim dos anos 40 e início dos anos 50. O plano teve como ação principal o direcionamento de recursos públicos dos Estados Unidos para auxiliar a Europa, arrasada pela Segunda Guerra.
A ampliação dos gastos públicos, vale frisar, é uma alternativa necessária quando o mercado e o setor privado passam por enormes dificuldades. Trata-se de dinheiro que sai do Estado e é colocado em uma economia danificada por uma grande crise. Em 2020, a pandemia está provocando a crise econômica, e os governos estão reagindo de acordo com a situação.