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Ataque incompetente

O Grêmio entrou e saiu da Copa do Brasil com apenas uma vitória na competição. Ganhou do Santos na Arena no jogo de volta das oitavas de final com gols de Souza e Werley. Depois empatou duas vezes sem gols com o Corinthians e ganhou nos pênaltis e agora perdeu para o Atlético na Vila Capanema por 1×0 e empatou sem gols na Arena, quarta-feira.
O ataque, portanto, não marcou nenhuma vez. O time do Renato é armado para defender desde que ele chegou ao clube. Eram três zagueiros, três volantes e dois atacantes. Depois entrou o Vargas, saiu um zagueiro, mas faltou o homem de ligação. Contra o “Furacão”, o Zé Roberto foi praticamente uma exigência da torcida e voltou ao time. Mas o ataque não conseguiu colocar a bola na rede.
Barcos marcou 8 gols no Campeonato Brasileiro e nenhum na Copa do Brasil. Kleber marcou 5. Muito pouco pra atacantes. Nenhum time sobrevive sem gols de atacantes. O Grêmio foi eliminado por um time muito disciplinado taticamente. Tem um grande treinador que é o Vagner Mancini. Tem um gigante que é o Manoel na zaga, Paulo Baier na organização das jogadas junto com Everton e um ataque que se movimenta muito.
O Atlético mereceu a vaga. Agora curiosamente o Grêmio torce pelo time de Curitiba na final contra o Flamengo, para que sobre mais uma vaga do Brasileirão para a Libertadores da América. Domingo, o Grêmio pega o Cruzeiro no Mineirão e já se imagina o que será a fumaceira. Depois mais cinco jogos para garantir vaga na competição mais importante da América. Se não conseguir, Renato corre o risco de voltar a passear pela praia de Ipanema.
 
Arena não é Olímpico, uma pena
 
O Grêmio sempre se orgulhou do fato de dificilmente um time que jogava no Olímpico conseguir vencê-lo. Pois é, isso não acontece mais nos tempos de Arena.
O bonito e moderno estádio do tricolor, não recebe grandes públicos e com isso a pressão sobre os adversários é completamente diferente.
A capacidade anunciada na construção e conclusão da Arena era de 60.540 torcedores. Hoje já se fala em capacidade final de 55.000.
A direção colocou 24 mil ingressos à venda para o jogo de quarta, pode? Acontece que é preciso deixar um espaço para os sócios que têm direito a assistir aos jogos no estádio sem avisar. Muitos, mas muitos não vão e não têm obrigação de avisar, o que é um absurdo.
Agora o presidente Fábio Koff chegou à conclusão que 1.800 cadeiras não existem e 1.400 outras estão num ponto cego, ou seja, quem sentar ali não consegue ver o jogo.

O que quero dizer com tudo isso é que na quarta-feira anterior o Atlético ganhou o jogo com uma pressão muito grande de sua fanática torcida que lotou a Vila Capanema e ajudou o time num jogo decisivo.