Diego Dettenborn – [email protected] – Interino
Vivemos um momento de reflexão. Não se trata da época do ano, Natal e afins. Hoje é apenas minha segunda coluna, substituindo o grandioso Paulo Brito, que retornará no dia 10 de janeiro. Pois bem, não que eu queira, na verdade prefiro as coisas boas, o lado positivo, prefiro às vezes até ser o otimista e não o realista. Acontece que ultimamente parece que o dinheiro perdeu o seu valor. São muitas cifras, muitos zeros, e o nosso país continua na mesma. Pra falar a verdade, após o vexame da última copa nada foi feito. Vivemos realmente um momento de reflexão. Veja bem, quanto você ganha por mês, e o que você faz? Quanto ganha a pessoa mais bem paga que você conhece, pessoalmente, é claro. Bolívar 250 mil reais, Kleber Gladiador 500 mil, Sorondo que ficou um ano recebendo a quantia de 160 mil mensais, mesmo sem disputar uma só partida pelo colorado e, agora o lateral Mário Fernandes, avaliado em cerca de 25 milhões pela direção gremista, e que se ficar passará longe dos 250 mil mensais. Sim existe o Messi, o CR7, R10 e o Neymar, ganham bem, mas são estrelas, movem um clube. Mas para jogadores medianos, de nível cinco ou seis em uma escala de um a dez é muito dinheiro. E isso amigos, não depende de nós, depende da cartolagem e do estranho mundo do futebol.
Todos concordamos com a antipatia do presidente corintiano Andrés Sanches, no entanto concordamos também que ele deu uma aula de realidade na última situação, envolvendo o técnico Tite. Após se mostrar irredutível a proposta salarial feita pelo Corinthians algo em torno de R$ 400 mil reais, o gaúcho Tite ouviu de Sanches a seguinte frase. “O procurador dele parece que ficou meio doido. Está achando que vive no Catar, nos Emirados Árabes. O Corinthians tem um teto salarial. Eu não pago R$ 700 mil, R$ 800 mil para um treinador”. O presidente deu ainda um ultimato ao técnico. “Se não der a resposta em dois ou três dias, que seja feliz! Se tiver de ir, que vá com Deus. O valor pedido é uma ofensa ao país”. Imaginem só se a moda pega. Seria maravilhoso, uma espécie de teto. Não, isso não é possível, vem de eras este caos do mundo futebolístico. Os jogadores que antes cruzavam as fronteiras atrás de dinheiro e destaque, hoje em dia não precisam mais se submeter aos rigorosos treinamentos da Europa, ou ao clima da Arábia. Jogam aqui, enriquecem aqui. E ainda por cima podem fazer festas, badalar, e serem tratados como deuses.
Enfim, vou escrever aqui sobre coisas boas na próxima coluna. Prometo à vocês. Começando hoje quero deixar claro a todos torcedores santa-cruzenses, alviverde ou alvinegros: Está sendo feito o possível pelas direções dos clubes para que 2012 seja um ano de vitórias, e conquistas. Nos últimos dias pude acompanhar algumas situações. Os jogadores, sobretudo estão empolgados, gostaram da cidade, das pessoas e acima de tudo dos respectivos clubes. Vivem um dia de cada vez, e em alguns casos vieram de bem longe, uns trouxeram famílias, outros não. Deixaram para trás esposa, filhos, mães e pais. A certeza é uma só, e aí é que entra o que imagino eu que interesse mais aos torcedores. Todos os jogadores, sem exceção, mesmo os que já são rodados pelos campos da primeirona, tratam o próximo ano, o Campeonato Gaúcho como prioridade de vida. Para eles uma espécie de vitrine. Com certeza darão a vida nos jogos, tudo pelo clube. Pelos primeiros contatos percebi que a maioria dos atletas da dupla tem tudo para dar certo: vontade, garra, talento e por último e não menos importante a humildade. Torcedores do Galo e do Periquito, o possível está sendo feito. Um feliz natal à todos. Que seja um natal da família, da união. Grande abraço e até a próxima semana amigos.
