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Eleições 2012

Em primeiro lugar, quero agradecer as pessoas que confiaram em minhas propostas e projetos, os quais eu defendo e acredito. Infelizmente não se confirmou em votos, mas os votos que recebi foram votos especiais de pessoas que confiaram no meu projeto quanto a ser vereador. Eleições poderiam ser a festa da democracia, mas embora o TRE vinculasse uma ampla campanha de valorização do seu voto – não venda, não se corrompa -, o abuso do poder econômico age de forma sorrateira, pelas madrugadas distribuindo sacolas de alimentos, distribuindo vale-combustível, e até dinheiro em espécie, em troca de placas de candidatos, já comprometidos com alguma sigla partidária. Isso é inaceitável, mas acontece. Reconheço que é difícil de provar, pois quem recebe é porque se corrompe, e argumenta: “se eu não aceitar, outro aceita, pois tenho que pagar minha luz e água”.

Este sistema eleitoral, já avançou com o advento da ficha limpa, mas precisa ser aprimorado com financiamento público de campanha, culminando com uma maior fiscalização. Não podemos apenas depender de denúncias de compra de voto em eleições. Na semana que antecede o veredicto das urnas, é necessário que a Polícia Civil, Brigada Militar, Polícia Federal e até o Exército vão as ruas para fiscalizar qualquer tentativa de corrupção em todos os níveis. A escolha deve ser feita por candidato, pelo que tem feito ou por suas ideias de um projeto para sua cidade, estado ou seu país.

Na cidade próxima, Triunfo, a fiscalização foi mais rigorosa e se constatou o escândalo da compra de voto. É preciso coragem, pois corrupção existe dos dois lados. Será necessária uma medida exemplar, perda de elegibilidade por oito anos, mais processo penal com a devida sanção. Enquanto medidas como essa não forem adotadas, o poder econômico irá imperar; as empreiteiras, as grandes indústrias, se beneficiarão  por patrocinar seus  candidatos em troca de futuros favores já devidamente acordados com a situação e oposição. “Ganhe quem ganhar, estamos no páreo.” Isto se faz necessário mudar.

A vida se contrai e se expande proporcionalmente à coragem do indivíduo.” (Anais Nin)