O presidente norte-americano Richard Nixon, em 1969, quando assistiu Neil Armstrong colocar os pés na lua, exclamou eufórico: “É o maior dia desde a criação!” Ele esqueceu a Sexta-feira Santa. O dia que o filho de Deus morreu sobre o planeta Terra. Mas que diferença faz à minha vida que um homem tenha morrido a 2 mil anos atrás?
As ordens eram simples: chicotear o condenado quase até a morte. Depois colocar a cruz sobre seus ombros e o fazer carregar até o local da execução, o monte Calvário. No entanto, os soldados estavam a fim de se divertir. Após os açoites, dezenas de homens fortes e violentos rodearam o carpinteiro ferido, exausto, quase morto, e o torturaram. São Mateus relata o prazer dos soldados em zombar de um homem semimorto: “Tiraram-lhe as vestes e puseram nele um manto vermelho; fizeram uma coroa de espinhos e a colocaram em sua cabeça. Puseram uma vara em sua mão direita e, ajoelhando-se diante dele, zombavam. Cuspiram nele e, tirando-lhe a vara, batiam-lhe com ela na cabeça”.
Você pensa que os maus-tratos pararam aí? Na colina, o carpinteiro foi deitado com os braços abertos sobre a cruz e, com uma marreta, os soldados cravaram cravos longos e afiados em seus pés e mãos. O escritor Max Lucado escreveu: “Jesus volta seu rosto para o cravo bem na hora em que o soldado levanta a marreta para acertá-lo. O objeto bate e a pele se rasga. O sangue jorra. Ainda assim as mãos de Jesus se abrem”. Mas por quê? Eu fiz essa pergunta milhões de vezes.
No dia 26 de Fevereiro de 1999, ao decidir pôr de lado os meus pré-julgamentos e dar ouvidos às palavras da professora cachoeirense Marta Wollmann Garcia sobre a pessoa de Jesus, eu recebi a resposta. Entre as mãos do carpinteiro e o madeiro da cruz tinha uma enorme lista. A lista de meus erros e pecados. E naquela Sexta-feira Santa, a 2 mil anos atrás, ela foi pregada na cruz. O apóstolo Paulo explica isso na carta aos colossenses: “Ele cancelou a escrita de dívida, que consistia em ordenanças, e que nos era contrária. Ele a removeu, pregando-a na cruz”.
Foi aí que eu entendi o porquê o carpinteiro se recusou a fechar seus pulsos: Ele viu a minha lista! Deus colocou a lista de todos os meus erros e pecados nas mãos do seu filho e a pregou na cruz. Desde então, como cristão, não tenho vergonha de dizer às pessoas que o carpinteiro de Nazaré mudou minha vida para sempre. Bendita Sexta-feira Santa!