Dia desses eu estava ligado no programa esportivo da Rádio Caxias 930 AM, como sempre faço quando estou no trânsito, ouvindo o bate-papo a respeito da morte do jovem palmeirense vítima da briga entre torcedores, ocorrida antes do clássico Corinthians e Palmeiras no Pacaembu. A questão levantada pelos jornalistas era: “Por que tanta violência entre os jovens?”.
Ao chegar ao escritório acessei a Internet e li uma manchete que dizia: “Os Top 10 filmes mais violentos de todos os tempos”. Os personagens desses filmes são mentalmente perturbados ou cruéis e protagonizam cenas tão perturbadoras e impactantes que chegam a traumatizar as plateias mais sensíveis.
Intrigado, li a sinopse de alguns deles, como “Albergue”, que conta a história de um grupo de amigos que recebe a recomendação de um albergue que oferece as mais belas e promíscuas mulheres do mundo, mas acaba encontrando um fim trágico e sangrento. E “Jogos Mortais” onde rola muita aflição, agonia, desespero e sangue. Sobre “Albergue” uma internauta confessou: “Fiquei profundamente deprimida depois que vi o filme. Ele me fez sentir um medo diferente. O horror que existe nele pode estar acontecendo em algum lugar bem próximo daqui! Isso me assusta, arrepia. Uma carnificina no submundo vizinho”.
Continuei minha curiosa busca e descobri “Violência Gratuita” que relata o terror vivido por uma família que se vê refém de dois jovens psicopatas que, com requinte de crueldades, submete-a a torturas inimagináveis.
“Assassinos por natureza” mostra um casal de serial killer cometendo atrocidades desde a primeira cena. Já o longa-metragem “Irreversível” possui cenas tão brutais que deixa muitos espectadores revoltados a ponto de saírem do cinema durante a projeção.
Então pensei: Como alguém pode sentir prazer em assistir filmes de violência extrema? E se o mestre indiano Eknath Easwaran estava certo quando disse que “a raiz de toda violência está no mundo dos pensamentos” o que passa na mente de um jovem após assistir filmes como esses?
Aí eu pergunto: Será que tudo não começou desde que alguém afirmou que seria impróprio ensinar os conselhos de Deus nas salas de aula? Logo conselhos que ensinam a não matar, não roubar e amar o próximo como a si mesmo. É como se dissessem: “Deixe Deus fora da sua vida!”. Esquecem que, onde acaba o amor têm início o poder, a violência e o terror.