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Nos Bastidores – 98

 

Horário político

 

Começou ontem o horário eleitoral gratuito com os prefeituráveis, que de gratuito não tem nada, uma vez que o governo deixa de arrecadar R$ 600 milhões com a compensação fiscal concedida às emissoras de rádio e TV – com valores deduzidos do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica. Telmo apelou para a família, a formação do caráter, a religiosidade e os bons tempos passados. Kelly se valeu da força da mulher que é mãe, que fez milhares de votos, e gestora que quer se reeleger. Silvério por sua vez apostou na mudança apontando semelhanças entre os dois concorrentes.
 
Foto: Divulgação RJ
 
 
 
Puxando pela emoção
 
Telmo e Helena do 11, apostaram na mensagem do jingle e em especial na vida familiar e memórias pessoais. Telmo falou dos netos, filhos, esposa e início da relação, com direito à foto do casal na época. Frisou a família nos moldes tradicionais e filmou na casa onde nasceu, ressaltou a religiosidade dos pais e a força disso na formação do caráter. Filmou no Lago Dourado, seu mote de campanha e enalteceu a condição da cidade em anos passados.
Helena também falou da vida pessoal. A senadora Ana Amélia e o ex-prefeito Arno Frantz (com 90 anos), rasgaram elogios à dupla. Jaqueline Moura é a apresentadora dos programas. 
 
 
A força do jingle
 
Kelly e Campis do 14, aproveitaram o gancho da mulher, mãe e gestora que quer mais um mandato – também o jingle reforça a força da mulher. A dupla apostou na receptividade junto a todas as classes sociais e reforçou a grande votação de Kelly para deputada federal e para a prefeitura. Prioridades como a Saúde, as obras, creches, qualificação profissional e projetos habitacionais trabalhados vieram à luz. Campis reforçou com seu currículo, a importância da inclusão social através do conhecimento. A dupla usou vários minutos com o jingle e imagens sempre com muito povo. Apresentação de Paulo Lange e Ionara Karam.
 
 
Com foco na mudança
 
Silvério e Carlos do 16, bateram no revezamento do poder: “entre eles o jeito de governar não faz diferença, tanto que a nível nacional governam juntos e, em cidade próxima são muito amigos”, disse o candidato à prefeito pelo PSTU. Bateu também nos CCs, anunciando que em sua administração não existirão: “quem vai receber os milhões destes serão os servidores públicos, que entrarão pela porta da frente do Executivo”. Fecharam com o velho chavão, modificado: “não adianta trocar seis por meia dúzia, troque por 16”. O vice Carlos reforçou a ideia de que mudar é preciso. 

 
Multa pesada
 
Ajuizado pedido de execução de sentença por atraso na realização da licitação do transporte coletivo urbano pela Prefeitura de Santa Cruz do Sul. O Poder Judiciário agora decide se o município terá ou não que pagar a pesada multa que pode passar de R$6 milhões. A Promotoria diz que o Executivo não informou os dados solicitados referentes à contratação e aos serviços já prestados da empresa que elaborou em 2008 o Plano Municipal de Transporte Coletivo e por isso a sentença judicial foi descumprida. A Prefeitura por sua vez diz que enviou as informações e foi até questionada sobre os dados fornecidos. E que vai recorrer contra o pagamento da multa.
 
 

Aproveitando a oportunidade
 
O empresário Flavio Haas, presidente da Ascnor (Novos Rumos), aproveitou a oportunidade que se apresentou e juntou o pedido de apoio para a causa do traçado da Ferrovia Norte-Sul passar pelos Vales, ao secretário estadual das Ciências, Tecnologia e Inovação, Cleber Prodanov. “Sei que não é da sua área, mas pode se tornar um aliado e ajudar”, simplificou Haas. Pedir não ofende e tentar é sempre válido.
 
Foto: Rolf Steinhaus
Flávio Haas, Marcio Martins e Fátima Gehlen – vice e presidente da Ajesc e Prodanov no almoço no Quiosque, na terça-feira, 21
 
 
 
Pauta na Câmara dos Deputados
 
Na terça-feira, Sérgio Moraes (PTB) usou a tribuna da Câmara em Brasília para pedir a revisão do traçado da Ferrovia Norte-Sul no Rio Grande do Sul, que na versão apresentada descia pelo litoral até o porto de Rio Grande. Segundo ele o assunto deve ser debatido com profundidade e não é justo que as regiões mais produtivas do Estado recebam só as migalhas. “O futuro está marcado em cima desta ferrovia”, sintetizou.
 
 
Não conheço a realidade do tabaco
 
Pegou mal, no meu entender, o secretário estadual da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico, Cléber Prodanov confessar que desconhecia tudo da realidade do tabaco. Até é compreensível, porque vem da Feevale no Vale dos Sinos, e, como disse sabe tudo da área coureiro calçadista. Porém, podia ter pesquisado antes de vir, para situar melhor suas falas. Acabou usando comparativos do setor coureiro/calçadista que, para os presentes, não eram tão relevantes. 
 
 
Respeito é legal
 
Clima tranquilo na área de abrangência da 162ª zona eleitoral conforme o chefe de cartório, Luiz Claudio Costa. Candidatos respeitando as regras no tocante à propaganda nas ruas. Na terça-feira, 21, ocorreram duas denúncias, uma com respeito a um candidato a vereador que citou o nome do candidato a prefeito de sua coligação – proibido pela lei eleitoral, assim como vice-versa e, um candidato a prefeito que estaria se utilizando de montagens em suas inserções – fato ainda não julgado pelo juiz eleitoral responsável, André Luís de Moraes Pinto.