Nos Bastidores – 84

 

 

 

 

 

 

A resolução do Banco Central, de número 4.107/12 vai afetar a competitividade da cadeia produtiva do tabaco e pode fazer o Brasil deixar de ser o maior exportador mundial do produto. Esse foi o assunto que levou os representantes do setor à loucura frente à perseguição que vem sofrendo o produtor: “é uma medida discriminatória que inviabiliza ao produtor ter acesso ao Pronaf – é quase uma proibição de plantar”, resumiu Marcelo Moraes (PTB), um dos vários deputados que participaram do encontro, representando a Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa gaúcha. 

 

 

 

 

O deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), proponente da audiência, disse que a resolução é um equívoco. “O ministro Pepe Vargas tem que dizer qual o motivo dessa perseguição implacável ao plantador de fumo. Talvez seja por desconhecimento, talvez por princípio ideológico”, criticou. Para ele, as restrições são uma forma de “punir, cercear, expulsar o produtor de fumo do meio rural por falta de financiamento”.

 

 

 

Aqui no estado, a Assembleia Legislativa também agiliza audiência pública sobre o assunto, que ainda tem que ser votada, mas isso só na volta do recesso, em 1º de agosto. A articulação está sendo conduzida pelo deputado estadual Heitor Schuch (PSB), um dos representantes do setor no Parlamento. 

 

 

 

Quem foi, voltou com bagagem para contar. O evento que aconteceu entre 13 e 22 de junho deste ano no Rio reuniu líderes do mundo inteiro. O documento final resumiu que erradicar a pobreza (um dos temas do evento) é um dos grandes desafios da humanidade, também o desenvolvimento sustentado (outro tema juntamente com a economia verde) e a manutenção da democracia. Foram renovados os compromissos assumidos em Estocolmo (1972) e na Eco-92, no Rio de Janeiro e arrolados os avanços – iniciativas exitosas de Desenvolvimento Sustentado, mas também as insuficiências, como a pobreza, o clima, a dificuldade de integrar os três pilares do Desenvolvimento Sustentado (social/econômico e ambiental) e a questão africana, dos últimos 20 anos. O suplente de senador, José Alberto Wenzel foi um dos que esteve lá e nos traz essa sua visão.

 

 

 

Como não basta apenas arrolar o que precisa ser feito, foram propostos igualmente mecanismos de atuação para tal, como financiamentos, mecanismos financeiros locais e internacionais, um Comitê Inter-governamental, formado por 30 “experts” com representação geográfica equitativa que apresente proposta de financiamento até 2014, transferência de tecnologia para países em desenvolvimento, cooperação técnica, tratar o comércio internacional,via Organização Mundial do Comércio, registro de compromisso, na assinatura voluntária do documento Que Futuro Queremos.

 

 

 

Wenzel, santa-cruzense que é, tratou logo de puxar a brasa para o nosso assado e incluir o Cinturão Verde na conversa: “entendemos que o tema atinente ao Cinturão Verde de Santa Cruz do Sul, se insere, entre outros, no capítulo que trata das montanhas, onde é reconhecida a fragilidade e o vigor destas áreas, identificando-as, entre outros aspectos, pela riqueza da biodiversidade e água e, por outro lado, pela susceptibilidade a desastres e degradação ambiental. O documento solicita que se busque uma visão holística na abordagem do tema , que é o que pretendemos com a integração da biogeologia de nosso estudo. Assim sendo, fica reforçada responsabilidade coletiva da comunidade de Santa Cruz do Sul, na preservação e ampliação deste território comum a todos nós: o Cinturão Verde.Todos temos o compromisso com o cuidado ambiental, no quotidiano de nossas afazeres, sejam domésticos, de trabalho ou de entretenimento. Contudo, o Cinturão Verde é de responsabilidade intransferível de todos nós”, frisou.

 

 

 

Também membros do Movimentos Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis – MNCR e da Cooperativa de Catadores e Reciclares de Santa Cruz do Sul – Coomcat participaram da Rio + 20, mais exatamente da Cúpula dos Povos, que é a reunião das lideranças não governamentais de cada país. O acadêmico de Sociologia Fagner Jandrey, a técnica contábil Graziela Mello e a acadêmica de Relações Públicas Elisa Stocker contaram a experiência em reunião organizada pelo Fórum de Ação pela Coleta Seletiva Solidária e Reciclagem – FACS, dia 11 no auditório da Escola Goiás. Graziela diz que venderam a idéia da economia verde, mas na verdade querem privatizar entregando a relação com o meio ambiente às empresas – a incineração dos resíduos seria um dos objetivos, segundo ela. “Vendem a idéia de renovação de energia com palavras bonitas que remetem à empresas privadas”, denuncia a estudante.

 

 

 

 

O coordenador da Coomcat, Fagner Jandrey, também definiu o conceito da economia verde como uma nova roupagem do capitalismo: “estão querendo comercializar bens naturais”, resumiu. Ele citou figuras de porte que participaram do evento como o sociólogo português Boaventura Souza Santos, doutor em Sociologia do Direito e Paul Singer, Secretário Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho. Elisa, que é bolsista junto à Usina de Triagem do Lixo disse que a incineração é uma tecnologia impopular – 3 toneladas de lixo incineradas emitem uma tonelada de cinza tóxica no ambiente. A reciclagem, além de ecologicamente correta gera muito mais empregos. 

 

 

Aprovado por unanimidade o projeto que institui o Dia Municipal da Cultura e da Paz em Santa Cruz do Sul, no feriado de 25 de julho. O pedido veio de um grupo que estuda o Sincronário da Paz ou Calendário Maia na cidade e teve o apoio do vereador suplente Alberto Heck. Agora falta só a assinatura da Prefeita, e o grupo já está organizando ações para a próxima quarta-feira, o Dia Fora do Tempo segundo os maias – uma vez o ano acaba em 24 de julho e o próximo começa no dia 26.

 

 

 

Há quem diga que o azar anda solto na esquina dos Correios, outros dizem que apenas falta de atenção e disciplina no trânsito. Mas seja lá o que for, o secretário dos Transportes Aldorino Melchior, com a concordância da prefeita Kelly Moraes, resolveu instalar no local duas faixas elevadas para pedestres, que vão fazer às vezes de quebra-molas. Já foi tentado mureta na calçada, pórtico de sinalização e pinturas na pista, mas nada adiantou. Esta semana uma sucessão de três colisões me 18 horas provou que o problema ainda não está contornado.

 

 

 

 

O Sistema Único de Assistência Social – Suas, completou sete anos no domingo, 15, com uma lista de avanços. O sistema reúne programas e ações organizados, papéis definidos em várias esferas de gestão, equipes profissionais e uma rede de equipamentos que está presente em 98,5% dos municípios brasileiros. O retrato da evolução do Suas no período se reflete no próprio orçamento do MDS, que saltou de R$ 16 bilhões, em 2005, para R$ 56,6 bilhões em 2012. 

 

 

 

A Prefeitura quer abrir ainda este mês a licitação que vai definir a empresa responsável pela construção da Unidade de Pronto-Atendimento – UPA que será construída no Bairro Esmeralda. O investimento é de R$ 1,4 milhão e o dinheiro, repassado pelo governo federal, já foi liberado. O projeto está na Secretaria Estadual de Saúde, em Porto Alegre, para aprovação final. A previsão é de que em no máximo três meses as obras sejam iniciadas. O prédio terá 970 metros quadrados de área e ficará localizado ao lado do ginásio do Bairro. A UPA terá funcionamento 24 horas inclusive com atendimento de especialistas o que deve desafogar o Pronto Atendimento do SUS e também os postos de saúde dos bairros Arroio Grande, Esmeralda e Santo Antônio.

 

 

 

Os processos de licitação da concessão da administração de dez estações rodoviárias do Vale do Rio Pardo saíram na semana passada: Candelária, Cerro Branco, Encruzilhada do Sul, Pantano Grande, Rio Pardo, Salto do Jacuí, Santa Cruz do Sul, Sobradinho, Tunas e Venâncio Aires, e devem ser concluídos ainda no segundo semestre deste ano. A Rodoviária de Santa Cruz, classificada como de primeira categoria, tem apresentação e abertura dos envelopes com as propostas, prevista para 24 de agosto. A nova concessionária deve pagar uma outorga de R$ 165 mil para o Daer. O edital prevê melhorias na rodoviária, como sala de espera com 150 metros quadrados e ar climatizado, fraldário, sanitários com número mínimo de vasos, mictórios e lavatórios, bares, restaurante e área para depósito de bagagem.

 

 

 

O Grupo Petrópolis relança nas próximas semanas mais uma cerveja do seu portfólio com uma lata vermelha – cor que no passado irritou a Ambev por ser semelhante à usada pela Brahma. A Lokal será mais barata que a Itaipava, outra cerveja do grupo, e produzida na fábrica de Teresópolis, RJ. Em janeiro deste ano, a Ambev foi à Justiça contra a rival para proibir a venda de latas vermelhas de Itaipava lançadas para homenagear a Stock Car. Mas a Petrópolis venceu a ação alguns meses depois. Mesmo que no site do grupo não figure nada a respeito a notícia já vazou através do Blog do Lauro Jardim, Radar On-Line.

 

 

 

Na tarde de terça, 17, ocorreu a posse do novo presidente do BRDE, o gaúcho Carlos Horn, que terá como vice o paranaense Jorge Gomes Rosa.  Os demais diretores são Nivaldo Pagliari (PR), diretor de Recuperação de Crédito; José Hermeto Hoffmann (RS), diretor Administrativo; Renato Melo Viana (SC), diretor de Planejamento e Neudo de Conto (SC), diretor de Operações. Nenhum governador compareceu à posse, embora convidados. 

 

 

 

Os três candidatos ao Executivo, Kelly Moraes (PTB), Telmo Kirst (PP) e Silvério Stölben (PSTU) – vão receber o Documento de Demandas – Santa Cruz Novos Rumos na próxima semana. Foram elencadas 33 demandas nas áreas de Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico, Gestão Pública, Ciência e Tecnologia, Esportes, Educação, Meio Ambiente, Agronegócio e Segurança. As propostas são fruto de discussões, pesquisa de dados e formatação de propostas em consonância com entidades, voluntários, fóruns temáticos, empresários, segmentos públicos e privados ligados ao Projeto Santa Cruz Novos Rumos, nos últimos dois meses e foi aprovada em reunião na segunda-feira, passada. Além dos candidatos ao Executivo, o Documento de Demandas também deve ser entregue aos candidatos ao Legislativo.