Motorista, empresária, médica, prefeita, presidenta. Há muito o que citar, mas com certeza estes são cargos emblemáticos que nas décadas de 70, 80, 90, eram impossíveis de serem assumidos por mulheres. A sociedade com seus olhos e pensamentos fechados, acreditava que apenas a força masculina poderia comandar. Os tempos atuais mostram para a sociedade o contrário. O poder feminino está presente onde se possa imaginar. Elas saíram da visão de frágeis e passaram a ser vistas como guerreiras. Mulheres determinadas de força e coragem.
A mulher teve que lutar muito para ter seu espaço na sociedade, lutou tanto, que o poder feminino comandou a presidência de um país em que a cada duas horas, uma mulher sofre algum tipo de violência, por parte de seus companheiros ou alguém que se sente no direito de bater em uma mulher.
Muita coisa já foi realizada para combater esse tipo de violência, mas há muito que ser feito. Punir o agressor não adianta se a mulher diz que ela é a culpada, foi só uma vez. O agressor nunca é a vítima. A violência é praticada de forma física ou psicológica e diante desse fato ela não pode se calar. Denunciar é o melhor caminho, se afastar do agressor melhor ainda. Ignorar ou fazer silêncio diante de alguma agressão pode ser fatal. A frase tão conhecida por todos “em briga de casal não se mete a colher”, tem que interferir sim, a partir do momento em que a situação sai do controle e estamos presenciando o fato, atitudes cabíveis devem ser tomadas e acionar os órgãos competentes, para que o pior seja evitado.
Muitas mulheres tomam a atitude e denunciam para a Central de Atendimento à Mulher pelo canal de telefone 180, o que é o correto a fazer ao se sentirem ameaçadas. A Polícia Militar também pode ser acionada pelo canal 190, se não há uma delegacia especializada na cidade.
No Brasil temos a Lei Maria da Penha, que está aí para cumprir seu papel de proteger as mulheres. Muitas denunciam, mas uma grande maioria fica com medo de denunciar, o que é triste, e eleva o número de feminicídios no país. A mulher não tem culpa destas estatísticas, a culpa é destes seres humanos, se é que posso chamar assim, que se acham no direito de tirar a vida de alguém. Todos nós nascemos livres e com total poder sobre nosso corpo.
O Dia Internacional da Mulher não é só no dia 8 de março, e sim todos os dias. Sonho com um futuro onde estas questões sobre igualdade de gênero deixem de serem discutidas e passe a ser algo comum no dia a dia. Que uma mulher no comando de uma grande empresa não cause espanto. Que não se noticiem mulheres que foram assassinadas por seus companheiros ou pelo simples fato de serem mulheres. Sonho com um mundo igualitário e sem preconceito.
*Ricardo Luís Gais – estudante de Jornalismo