As eleições municipais serão realizadas em outubro e já geram expectativa. Mais uma vez, ocorrerá a festa da democracia, e o Brasil escolherá prefeitos e vereadores para os próximos quatro anos. Por falar em democracia, ela nos remete aos tempos da Grécia antiga. Mas, em tempos mais “recentes”, um dos marcos do sistema democrático contemporâneo é a Revolução Francesa, iniciada em 1789.
Até aquele momento, a França vivia sob a monarquia absolutista, onde os poderes do rei eram praticamente ilimitados. A nobreza e o clero detinham muito poder também, o que gerou indignação entre a burguesia e a população mais pobre. Uma revolução altamente violenta tomou conta da França, e a violência em si não é nada elogiável. Mas estes acontecimentos levaram à formação de um parlamento, marcado pela divisão entre esquerda, direita e centro. E a nova composição política serviu de base para a democracia que temos na atualidade em vários países.
A existência de diferentes vertentes políticas – como direita, esquerda e centro – é uma característica essencial da democracia. Observemos o caso da China, por exemplo. O país é uma potência econômica, mas possui apenas um partido, denotando o aspecto ditatorial do seu regime. Não queremos aqui diminuir as grandes realizações chinesas, em várias áreas, mas é evidente que seu regime não se caracteriza pela democracia.
Nas eleições municipais de outubro, será possível escolher entre diferentes vertentes políticas para a definição dos prefeitos e vereadores. Esta variedade de opções é extremamente positiva. A democracia, acima de tudo, oferece uma parcela significativa do poder à população – embora exista muita desigualdade ainda.