Ricardo Gais
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Após dias de tensão na cidade chinesa de Wuhan, epicentro do novo coronavírus, 34 brasileiros com a ajuda do Governo Federal, na Operação Regresso, retornaram ao Brasil. Todos repatriados, diplomatas e militares envolvidos na ação, já estão em quarentena, que deve durar por 18 dias, na Base Aérea de Anápolis, Goiás.
Os dois aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) tocaram o solo brasileiro com os repatriados a bordo no início da madrugada de domingo, em Fortaleza, para reabastecimento e após continuaram o trajeto até Anápolis, local da quarentena.
O dois aviões da FAB saíram do Brasil na quarta-feira, 5, e voltaram com todos a bordo no sábado, 8. Na volta, estavam junto aos brasileiros, quatro poloneses e um chinês, que desembarcaram em Varsóvia, na Polônia, local que já estava confirmado para abastecimento das aeronaves. Esse foi um gesto de solidariedade do Brasil ao país, que não tinha condições de enviar um avião para resgate de poucas pessoas.
Os brasileiros estão em quarentena em um hotel de trânsito, na Base Aérea de Anápolis, que foi preparada para receber todos os envolvidos nessa operação, inclusive os médicos. Durante três vezes ao dia, todos serão submetidos a exames e os pacientes irão ficar cientes de seu atual estado de saúde. Caso alguém apresente suspeita da doença, será encaminhado para a chamada “área vermelha”, para exames mais detalhados e isolamento total.
Os quartos são individuais, apenas pais e mães de menores podem ficar no mesmo quarto. As visitas estão proibidas e todas as despesas serão pagas pelo governo. Dentre os resgatados está um venâncio-airense, que estava em viagem na China.
Até o momento na China estão confirmadas 909 mortes pelo novo coronavírus e mais de 40.235 pessoas infectadas com a doença. No Brasil há 11 casos suspeitos, sendo 3 deles no Rio Grande do Sul, porém, segundo o Ministério da Saúde, não há nenhum caso confirmado da doença no Brasil. Estes são os números até o fechamento dessa edição.
(Com informações da Agência Brasil)