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ACI apresenta Tá na Hora

Heinze: 'a avaliação que faço do governo Bolsonaro é positiva'

Sara Rohde
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Mais uma edição do Tá na Hora foi realizada nessa segunda-feira, 13, pela Associação Comercial e Industrial (ACI) de Santa Cruz do Sul. O senador gaúcho Luis Carlos Heinze (PP), eleito em seu primeiro mandato com 2.316.177 votos, foi o convidado do mês de maio. O evento com o tema ‘Perspectivas Econômicas para o Estado e País’ ocorreu no restaurante do Hotel Águas Claras.
Conforme Heinze o governo está assumindo um país que era da esquerda, com 14 milhões de desempregados, mais de quatro trilhões de reais de dívidas, mas tem um rumo e as coisas estão acontecendo para o bem do Brasil, “nós senadores do Rio Grande do Sul estamos defendendo essa posição para que a gente possa ter um país e um estado diferente. Existem saídas para o Rio Grande do Sul e para esta região, e o governo deve focar naquilo que podemos fazer efetivamente, buscando recursos da iniciativa privada, fazendo as concessões que são tão necessárias para obras do estado e federais”.
Entre os assuntos mais discutidos atualmente no país está a Reforma da Previdência. Para o senador a reforma é necessária, “estamos discutindo ainda melhorias pros trabalhadores rurais, mas valem também para trabalhadores urbanos, estamos trabalhando nessa questão”, explicou Heinze salientando que a reforma é pelo bem do Brasil. “Eu acho que o governo vai organizar as concessões da Reforma da Previdência, temos alguns detalhes para corrigir, mas o projeto tem que andar pra frente”.
Nesta terça-feira deve haver um encontro do presidente do Senado e o secretário da Receita para que inicie no Senado a discussão da Reforma Tributária. Segundo Heinze, enquanto a Câmara está envolvida com a questão da Previdência, que deve durar ainda uns dois meses, a Reforma Tributária já começou a ser debatida.
É preciso simplificar o processo tributário no Brasil, afirmou Heinze. Conforme o senador hoje a carga tributária é de quase 40% do PIB e as empresas não aguentam mais pagar impostos, seja no comércio, nas indústrias, nos serviços ou na agricultura. “Tem que haver uma forma de simplificar o processo e fazer com que o maior número de contribuintes esteja presente. Essa é uma das alternativas que virá para discussão. Tem que haver algo para o bem do Brasil, pois da forma que está o empresariado não aguenta mais”.
Referente ao Decreto das Armas o senador é a favor, pois para ele é um decreto positivo, onde o povo decidiu nas urnas que queria ter acesso às armas. Heinze afirma que Bolsonaro fez de acordo com o que pensava o povo brasileiro, concorda que algumas correções poderão ser feitas e lamenta posições contrárias.

RECURSOS PARA UNIVERSIDADES FEDERAIS
O Senado esteve em discussão com a bancada gaúcha para trazer recursos às escolas técnicas do RS. Segundo Heinze deve ser investido na educação, mas, os recursos precisam ser racionalizados. “O ministro e sua equipe estão verificando o que fazer em relação ao corte das despesas que devem ser equilibradas. Esses cortes estão acontecendo em todos os ministérios para tentar adequar o orçamento e não vir aquelas pedaladas no final do ano, com dívidas de bilhões, o que foi praticamente o saldo do ano passado. Temos que tentar zerar esse déficit se não a economia não vai andar”.

AVALIAÇÃO DO GOVERNO BOLSONARO
Para Heinze o Governo Bolsonaro está trabalhando positivamente. “Eu acho que os ‘tititis’ com a família do governo em redes sociais, por exemplo, devem ser superados, porque o governo tem linha, tem preocupação. As coisas estão andando dentro de um governo que assumiu faz quatro meses e pegou um país destroçado, então essas questões nós não conseguimos resolver em pouco tempo, mas tem rumo, tem direção e a avaliação que faço do Governo Bolsonaro é positiva”.