Sara Rohde
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O Presidente Michel temer tentou fazer mais um acordo com os caminhoneiros, mas não teve sucesso. Em pronunciamento nesse domingo, 27, Temer propôs um pacote de medidas para por fim à greve, entre elas está a baixa da diesel em R$ 0,46 centavos por litro por 60 dias, valor que seria retirado do PIS/Cofins e da Cide sobre o combustível; a isenção da cobrança dos eixos erguidos nos pedágios das rodovias estaduais e municipais; a garantia de que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) contrate 30% de seus fretes com caminhoneiros autônomos e a definição de uma tabela mínima de fretes para o transporte rodoviário de cargas.
A greve continua em todo o país nesta segunda-feira, 28, e em Santa Cruz do Sul os manifestantes continuam estacionados no Trevo do Gaúcho Diesel. De acordo com um dos caminhoneiros participantes da manifestação, a greve não tem previsão de acabar e as medidas expostas pelo Presidente Temer são absurdas. “Esta briga não é só dos caminhoneiros e sim da população, não estamos reivindicando somente nossos direitos, mas sim direitos de todos os brasileiros. Todos sabem que caminhão não anda com gasolina e sim com diesel, por isso a ajuda de todos é necessária, pois estamos ao lado de todos. Queremos combater a corrupção no Brasil e continuaremos firmes e fortes até o fim”.
O caminhoneiro ainda afirma que o acordo entre o governo e os manifestantes apresentado nas mídias não é verdadeiro, e a grande maioria dos caminhoneiros está em greve e só sairá após a renúncia do presidente. “Esta proposta de baixar somente R$ 0,46 é ridícula, serve apenas para limparmos as estradas e após 60 dias tudo volta ao normal, queremos propostas mais completas e queremos que o presidente Temer saia do poder. Se antes éramos a minoria, com a população unida nos tornamos a maioria”.
Durante manifestação na tarde desta segunda-feira um grupo de agricultores se juntou com aproximadamente 22 tratores, oriundos de Cerro Alegre, Rio Pardinho e Linha Nova, todos com o mesmo objetivo, a renúncia do presidente.
Gasolina nos postos: sobre o combustível que chegou em Santa Cruz do Sul os manifestantes informaram que foram liberados alguns caminhões somente para casos emergenciais, “a polícia entrou em acordo com os caminhoneiros e foi liberada uma parte do combustível para ser usada em emergências necessárias, por isso foram liberados apenas 20 litros por pessoa por um prazo determinado”.