Os postes de madeira podem estar com os dias contados no Rio Grande do Sul. Pelo menos, esta é a intenção do deputado Maurício Dziedricki (PTB), que protocolou na Assembleia Legislativa o PL 36/2016. De acordo com a proposta, a substituição de postes de madeira em mau estado de conservação, na rede elétrica, deverá ser feita por postes de poliéster reforçado com fibra de vidro (PRFV) ou de concreto (M9 ou M11), materiais mais resistentes aos temporais.
Conforme informações obtidas pelo parlamentar junto às três principais concessionárias que atuam no Estado, o Rio Grande do Sul tem quase 1,8 milhão de postes de madeira na rede elétrica. A empresa AES SUL possui uma rede com cerca de 800 mil postes, sendo 520 mil de madeira. A CEEE tem 645 mil postes de madeira e apenas 122 mil de concreto. Na RGE, são 600 mil postes de madeira e 392 mil de concreto. “Mantido o ritmo atual de substituição das estruturas, poderemos levar até duas décadas para que todos os postes sejam de concreto”, alerta o parlamentar
O projeto proíbe ainda o uso de tala emergencial ou “pé de amigo” em postes em mau estado de conservação. Determina também que os postes de concreto ou de poliéster devem ser fabricados e projetados para operar em qualquer nível de contaminação, em clima tropical, atmosfera salina, exposição à ação direta do raio do sol e fortes chuvas.
(Fonte: Assembleia Legislativa RS)