Foto Divulgação/Internet
Filme venceu o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2015
LUANA CIECELSKI
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Nessa terça-feira, 26 de maio, será a vez do público assistir a um filme polonês na sessão organizada semanalmente pela Associação Amigos do Cinema de Santa Cruz do Sul. O drama Ida, de Pawel Pawlikowski, lançado em dezembro de 2014 e vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro na premiação desse ano, será exibido a partir das 20 horas no auditório do Sindibancários, rua Sete de Setembro, 489, Centro de Santa Cruz.
Tudo acontece na Polónia dos anos 60, onde Anna é uma noviça, prestes a celebrar os votos definitivos para se tornar freira no convento onde vive desde que ficou órfã em criança. Contudo, antes da celebração, a madre orienta-a a conhecer a única familiar viva, uma tia chamada Wanda. Juntas, as duas mulheres embarcam numa viagem à descoberta de si próprias e do passado que têm em comum.
Durante a história, de 82 minutos, Ida apela a uma profunda reflexão sobre religiões, família, passado e presente, e, principalmente, que implicações pode ter esse passado nas decisões futuras. Pawel Pawlikowski mergulha por entre as sequelas do nazismo, por entre os dilemas da religião, na experiência e no conhecimento da vida e surpreende pela abordagem forte, mas sem juízos de valor.
Diversos críticos de cinema concordam que Pawlikowski trabalha com temas-chave e muitos tabus para falar da construção da identidade de cada um, os dilemas e inquietações, e faz tudo isso, com um filmagem simples e calma, bastante rara. Além disso, as atrizes também fizeram seu trabalho passando ao espectador as emoções mais através das expressões, gestos e atitudes do que pelas palavras. Os planos fixos são uma constante e transbordam uma tranquilidade inquietante, como as almas destas duas personagens.
É consenso também que foi feito um excelente trabalho de fotografia aliado a cenários muito bem montados, desolados, por entre árvores, caminhos, cemitérios e casas antigas, que convidam à solidão. Em preto e branco, Ida leva-nos numa viagem íntima e envolvente a um passado não tão longínquo assim, e a duas vidas difíceis de esquecer depois que são assistidas.
Wanda e Anna, têm suas vidas contadas no longa. Holocausto é contado através da visão delas