Ana Souza
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O dia 20 de setembro é a data máxima para os gaúchos. Neste dia comemora-se os ideais da Revolução Farroupilha, que tinha como objetivo propor melhores condições econômicas ao Rio Grande do Sul. Para marcar tão importante data, várias atividades são realizadas durante a Semana Farroupilha.
Uma grande amizade caracteriza a Turma das Terças do Tênis Clube Santa Cruz, que tem como presidente Eleno Haussmann. Em parceria com integrantes do Corpo de Bombeiros de Santa Cruz do Sul, eles realizaram no domingo, dia 14 de setembro, um almoço de integração para comemorar a Semana Farroupilha. Cerca de 80 pessoas marcaram presença. “Este é o sexto ano que realizamos o evento, sendo uma forma de integrar as famílias, os amigos do Corpo de Bombeiros e relembrar as tradições gaúchas. Nosso almoço contou com o tradicional porco no rolete. É uma grande integração”, destacou o organizador do evento Eliseu Lau.
Entre as presenças o Major Claudio Roberto Pereira, do Comando do Corpo de Bombeiros de Porto Alegre. “Por 17 anos exerci minhas atividades em Santa Cruz do Sul. Estou contente em poder voltar aqui e comemorar junto com grandes amigos. Em 2009 a confraternização foi realizada pela primeira vez e hoje se tornou uma união entre todos os participantes. Santa Cruz do Sul é a minha terra e que este grupo possa por muitos anos estar juntos.”
Outro evento que marca a Semana Farroupilha está ocorrendo no Banco Banrisul. Nos dias 16, 17 e 18 de setembro, na Sede Social, a direção recebe diversos convidados e funcionários para o tradicional Carreteiro Campeiro.
“O objetivo do evento é integrar a comunidade, as Invernadas Artísticas dos Centros de Tradições Gaúchas que farão apresentações durante o expediente da agência, a direção e funcionários do Banrisul, para juntos celebrarmos a Semana Farroupilha, proporcionar aos clientes e amigos algo diferente nos festejos. O Carreteiro do Banrisul se tornou tradição e é preparado por funcionários do banco. Sou natural de Ijuí, estou aqui há dois meses e é a primeira vez que vou experimentar o carreteiro e pelo que já fiquei sabendo, é muito especial”, enfatizou o gerente geral do Banrisul, Lauro Hass.
Fotos: Ana Souza
Evento da Turma das Terças do Tênis Clube recebeu um grande número de participantes
Major Claudio Pereira e o organizador do evento da Turma das Terças do Tênis Clube, Eliseu Lau
Tradicional Carreteiro do Banrisul traz como objetivo uma homenagem às tradições gaúchas
Equipe integrada na preparação do tradicional Carreteiro Campeiro
Lauro Hass, gerente geral do Banrisul: “O Carreteiro do Banrisul é um momento para marcar a Semana Farroupilha”
Como surgiu a Semana Farroupilha
Tudo começou quando em 1947, o jovem estudante do Colégio Estadual Júlio de Castilhos, de Porto Alegre, João Carlos D’Ávila Paixão Côrtes foi a um bar tomar um cafezinho e avistou uma bandeira do Rio Grande do Sul servindo de cortina numa janela, o que lhe causou muita indignação.
Foi assim que Paixão Côrtes e mais outros sete estudantes daquele colégio resolveram criar um Departamento de Tradições Gaúchas com a finalidade de preservar, desenvolver e revitalizar as tradições gaúchas que estavam esquecidas. Entusiasmados com a ideia, procuram o Major Darcy Vignolli, responsável pela organização das festividades da “Semana da Pátria” e expressaram o desejo do grupo de se associarem aos festejos, propondo a retirada de uma centelha do Fogo Simbólico da Pátria para transformá-la em “Chama Crioula” como símbolo da união indissolúvel do Rio Grande à Pátria Mãe para que a mesma aquecesse o coração de todos os gaúchos e brasileiros até o dia 20 de setembro, data magna estadual.
Naquela ocasião, o major Vignolli convidou Paixão Côrtes para montar uma guarda de gaúchos pilchados em honra ao herói farrapo David Canabarro, que seria transladado de Santana do Livramento para Porto Alegre.
Paixão Côrtes reuniu então oito gaúchos bem pilchados, e no dia 5 de setembro de 1947 prestaram a homenagem a Canabarro. Esse piquete é hoje conhecido como o Grupo dos Oito ou Piquete da Tradição, sendo formado por: Antonio João de Sá Siqueira, Fernando Machado Vieira, João Machado Vieira, Cilço Araujo Campos, Ciro Dias da Costa, Orlando Jorge Degrazzia, Cyro Dutra Ferreira e João Carlos Paixão Côrtes, que conduziram as bandeiras do Brasil, do Rio Grande do Sul e do Colégio Estadual Julio de Castilhos. No dia 7 de setembro de 1947, à meia-noite e antes de extinguir o “Fogo Simbólico da Pátria” que queimava na pira, Paixão Côrtes, Fernando Machado Vieira e Cyro Dutra Ferreira, retiraram a centelha que originou a primeira “Chama Crioula” que ardeu em um candeeiro crioulo até a meia noite do dia 20 de setembro, quando foi extinta no primeiro baile gaucho por eles organizado no Teresópolis Tênis Clube.
Unidos pela força de amor à terra e pelo poder do fogo, os gaúchos decidiram manter acesa essa chama ano após ano. “Não estávamos, nós os jovens, nos insurgindo contra as coisas do desenvolvimento, da liberdade, do progresso e nem éramos insensíveis à evolução. Mas queríamos também o direito de fixar as nossas coisas, de preservá-las, de valorizá-las dignamente nos seus devidos lugares”, palavras de Paixão Cortes. Fonte: www.ctgsaudadesdaquerencia.com.br