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As graças do Santuário de Schoenstatt

Domingo dia 23 de novembro, teremos a nossa 38ª Romaria ao Santuário de Schoenstatt de Santa Cruz do Sul, com o lema “NO SANTUÁRIO A MÃE ACOLHE E ABENÇOA A TUA FAMÍLIA”.
Além de muitas outras, as três principais Graças que recebemos em nosso Santuário são: a graça do acolhimento e do abrigo espiritual, a graça da transformação interior e a graça do envio apostólico. A graça do acolhimento é sem dúvida uma das coisas mais belas que uma pessoa humana deseja, em primeiro lugar ser bem acolhida, mas de coração e alma. No Santuário, encontramos um lugar que fala de acolhimento aos nossos olhos e sentidos, com a imagem de uma Mãe que nos olha diretamente ao coração, seremos portanto sempre muito bem acolhidos.
Pela graça da transformação interior, nossa Mãe e Rainha quer transformar nosso coração duro e egoísta, num coração capaz de pôr-se nas mãos de Deus e dizer-lhe: ”Faz de mim o que quiseres, estou ao Teu inteiro dispor”, me transforma em um homem aberto aos outros, capacitando-me em descobrir Deus nos outros e a entregar-nos assim a eles com um amor verdadeiramente profundo, tornando-me assim um homem comunitário, capaz de construir um novo tipo de comunidade.
Pela graça do envio apostólico, através do Santuário e de Maria, Deus quer enviar-nos, na força do Espírito Santo, para cumprir a nossa missão, em nossos lares, no trabalho, na escola ou em qualquer lugar, a exemplo do que fez com os apóstolos no dia de Pentecostes. A Igreja nunca esteve diante de um desafio tão grave e global como o da crise contemporânea. Por isso hoje ela necessita urgentemente a cultura do encontro, de apóstolos animados por uma força extraordinária em missão. E nós cremos que Deus nos quer conceder essa graça, não de maneira exclusiva, mas de um modo muito especial, a partir do Santuário de Schoenstatt.
No final de outubro, participamos de um Congresso dos Conselheiros do Movimento Apostólico de Schoenstatt em Santa Maria. Um dos palestrantes foi o Pe.Alexandre Awi Mello, Diretor Nacional do Movimento. Foi simplesmente magnífico ouvir os relatos deste sacerdote, que é amigo pessoal do Papa Francisco. Se conheceram em Aparecida em 2007 e durante a Jornada da juventude em 2013 no Rio de Janeiro, assessorou o Santo Padre em tudo e esteve sempre a seu lado. Agora em 25 de outubro, novamente estiveram juntos, por ocasião da audiência dos cem anos do Movimento Apostólico de Schoenstatt com o Santo Padre no Vaticano em Roma.
O Pe. Alexandre nos revelou muitos detalhes sobre o Papa Francisco, principalmente o seu lado mariado, pois lançou inclusive um livro, que já está na quarta edição, com o título: ”Ela é minha Mãe”, onde revela os encontros do Papa com Maria. Neste livro ele usa uma mariologia aplicada do Papa, que ele é do rosário diário e da sua grande devoção aos Santuários e da grande valorização da piedade popular. Conta inclusive que o Papa Francisco, quando ainda Arcebispo em Buenos Aires (Argentina) presenciou um fato ocorrido com uma família bem pobre, quando uma das filhas, hospitalizada, estava desenganada pelo médicos e lhe deram poucas horas de vida e o pai, como última tentativa, foi até o Santuário de Luján, mas chegando lá, as portas do Santuário já se encontravam fechadas. Mesmo assim, este pai se agarrou nas grades do lado de fora e de joelhos começo a rezar, rezar, rezar…e depois de ter perdido a noção do tempo se deu conta que havia passado a noite e na madrugada do dia seguinte, voltou para casa de ônibus. Ao chegar a sua esposa, aflita perguntou onde ele estava e ao falar de suas orações, logo ela entendeu o que havia ocorrido, pois havia recebido notícias do hospital que alguma coisa muito estranha havia acontecido com a filha, que repentinamente, sem ninguém saber explicar, a menina não tinha mais febre. E assim, após alguns dias, após este fato, a menina pode deixar o hospital. O Pe.Alexandre nos relatou que ficou emocionado com a história, tal a vivacidade com que o Papa Francisco a contou.
Assim, podemos concluir que o Santuário de Schoenstatt é um lugar através do qual Deus, num ato livre de sua bondade, decidiu encontrar-se com os homens por meio de Maria Santíssima convidando-os a renovar aí sua Aliança batismal através de uma Aliança de Amor original com Maria, para conceder-lhes mediante ela, as graças do abrigo, da transformação interior e do envio apostólico e de tantas outras, inclusive físicas, em busca por uma transformação de homens novos e uma nova comunidade que, superando os problemas gerados há séculos pela mentalidade mecanicista, poderão renovar a Igreja e ajudá-la assim na construção de uma nova e esplendorosa ordem social, penetrada pelo espírito de Cristo e  Maria.

*União de Famílias de Schoenstatt