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Área de 463 hectares está preservada

Suilan Conrado
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O chamado pulmão de Santa Cruz do Sul, o Cinturão Verde, que ocupa 463 hectares no contorno ao norte e leste do município, segundo informações da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, está preservado.

Divulgação/RJ

O secretário municipal do Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade, Raul Fritsch, afirma que o Cinturão Verde está preservado. “A comunidade deve denunciar à Secretaria sempre que perceber uma possível irregularidade”, indica Fritsch

O secretário Raul Fritsch relata que todas as licenças expedidas pela Secretaria seguem o Plano Diretor do município, que prevê construções. “10% de toda a área que abrange o Cinturão Verde pode ser ocupada por moradia, contanto que a propriedade dentro do Cinturão tenha 5 mil metros quadrados, não menos que isso, dos quais 500 metros poderão ser utilizados para construir”, explica Fritsch.
O secretário esclarece que, de acordo com o Plano Diretor, para cada árvore derrubada, 15 mudas deverão ser replantadas. “Se o loteador cortou 100 árvores, terá de replantar 1500. E não basta apenas replantá-las, é preciso cuidá-las para que elas cresçam”, manifesta.

Divulgação/RJ

Demarcado em 1994, hoje o Cinturão é regrado pelo Plano Diretor de Desenvolvimento Social e Urbano, que tem o objetivo de regular e ordenar a ocupação do solo, expansão urbana e preservação ambiental

O prazo para efetuar o reflorestamento é de um ano, e deve ser feito no município de Santa Cruz. Ainda conforme Fritsch, a fiscalização do replantio das árvores é de responsabilidade da Secretaria. “Precisamos ter a certeza de que as árvores foram replantadas e estão sendo cuidadas. Não pode apenas ficar no papel”. O secretário frisa que as vistorias a partir de agora serão pesadas e que a comunidade pode colaborar denunciando possíveis irregularidades.
Quanto à abrangência do Cinturão Verde, Fritsch faz um alerta. “Nem tudo o que vemos e pensamos ser o Cinturão, o é de verdade. Existe uma área demarcada desde 1994 que estabelece os reais limites do Cinturão.”

Rolf Steinhaus

Raul Fritsch: “Nem tudo o que vemos e pensamos ser o Cinturão, o é de verdade”

Ao contrário do que muitos pensam, o Cinturão Verde NÃO é uma Unidade de Conservação – UC do Grupo das Unidades de Uso Sustentável, ou seja, Área de Proteção Ambiental – APA, portanto, não faz parte do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC.

TÚNEL VERDE E PODA DE ÁRVORES

As Tipuanas que embelezam o centro de Santa Cruz e atraem turistas, já geraram polêmica. Raízes que avariam as calçadas e galhos que pendem nos fios da rede elétrica, costumam ser alguns dos argumentos dos que apoiam a derrubada das árvores. O secretário Fritsch destaca que defende a manutenção das Tipuanas, por meio das podas, mas jamais a derrubada.
Em relação às árvores no passeio público, Fritsch reforça que cabe à Prefeitura a manutenção das mesmas. “A calçada é de responsabilidade do proprietário do imóvel, mas a vegetação pertence à Prefeitura, é lei”, frisa Fritsch.
Quem estiver pensando em cortar os galhos das árvores, precisa encaminhar à Secretaria um pedido , e então será avaliada a real necessidade da manutenção. Se for determinada como indispensável, um funcionário capacitado da Prefeitura fará a poda.
Quanto às que estão no pátio das residências, é importante ressaltar que o proprietário pode derrubar aquelas consideradas exóticas, como as frutíferas, por exemplo, mas as de espécie nativa, exigem licenciamento, caso contrário, o proprietário será multado.
Denúncias de podas irregulares e derrubadas de árvores sem licença podem ser feitas pelo telefone da Secretaria do Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade.

Benefícios das árvores no meio urbano:

– Reduzem a poluição atmosférica;
– Funcionam como barreiras para o ruído nas ruas e avenidas;
– Oferecem sombra e amenizam as temperaturas extremas;
– Reduzem a velocidade do vento;
– Servem de abrigo e produzem alimento à fauna;
– Influenciam o clima e melhoram o solo;
– Proporcionam equilíbrio e bem-estar à população.

REDES HÍDRICAS

Na semana passada, o prefeito Telmo Kirst assinou o termo de início das obras do distrito de Alto Paredão, que receberá uma nova rede hídrica proporcionando água potável para 64 famílias.
Referente à demanda no interior, Fritsch revela que atualmente 7 mil pessoas não dispõem de água tratada em Santa Cruz, realidade que o governo quer mudar. “Já iniciamos com essa hídrica e ao longos desses 4 anos, o prefeito Telmo reafirmou a intenção de suprir a defasagem de água  no interior” .
Nos últimos 4 anos apenas uma rede hídrica foi construída e três ampliações foram feitas.

EDITAL DO LIXO

O contrato de 5 anos com a Conesul, empresa responsável por coletar o lixo em Santa Cruz, vence no fim do mês. Quanto a isso, Fritsch comunica que a Secretaria está construindo o novo edital que vai viabilizar a contratação da nova concessionária. “Encaminhamos a renovação do contrato emergencial de três meses com a Conesul, a fim de finalizar a montagem do novo edital, que por se tratar de um processo demorado, já deveria ter sido iniciado no ano passado”, salienta.
A expectativa do secretário é de lançá-lo até o fim do mês.

CADEIA BINACIONAL DO PET

A Cadeia Solidária Binacional do Pet, que envolve Brasil e Uruguai e empreendimentos do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais, foi concebida pelo Governo do Estado para consolidar a produção do setor de reciclagem da garrafa Pet.
Santa Cruz do Sul será um dos quatro polos regionais do projeto no Estado e, de acordo com a Secretaria, a expectativa é de em breve lançar o edital que vai possibilitar a contratação da empresa que vai elaborar o projeto e executar a obra da estação de tratamento. “A previsão é que no fim de maio, Santa Cruz possa estar processando o material”, anuncia o químico Adalberto Voese, funcionário da Secretaria que está participando das reuniões e demais tratativas referentes à implementação da Cadeia em Santa Cruz, que funcionará junto à Usina de Reciclagem.
Da catação da garrafa, transformação do Pet em “flake”, até a elaboração de fibra, fio e tecido, a Cadeia vai gerar maior renda mensal aos trabalhadores envolvidos no processo, além de ajudar na preservação do meio ambiente.

Rolf Steinhaus

A Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade, está localizada na Rua Galvão Costa, 708. Telefone: (51) 3902-3611