Suilan Conrado
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Quem nunca se deparou com aquelas revistinhas cheias de quadrinhos, repletas de desenhos coloridos, que em sua maioria, contam histórias divertidas, capazes de fazer adultos e crianças sorrirem?
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As histórias em quadrinhos, também chamadas de gibi, foram publicadas pela primeira vez no Brasil, em 30 de janeiro de 1869
As histórias em quadrinhos, também chamadas de gibi, foram publicadas pela primeira vez no Brasil, em 30 de janeiro de 1869. Ângelo Agostini, deu vida aos personagens Nhô Quim e Zé Caipora, sendo o precursor dos quadrinhos no país. Para homenageá-lo, a Associação dos Quadrinhistas e Caricaturistas (AQC) de São Paulo, estabeleceu que o trigésimo dia de janeiro, seja destinado para celebrar os gibis.
Quase 145 anos após o feito de Agostini, nasce pelas mãos do cartunista Mauricio de Sousa, uma menina impulsiva, de reações fortes. Prestes a completar 50 anos de criação, Mônica foi inspirada na própria filha de Mauricio. A menina dentuça não desgruda de Sansão, seu coelho companheiro.
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A menina dentuça, inspirada na filha de Mauricio de Souza, completa 50 anos de criação este ano
Cebolinha, Magali e Cascão, também integram a turma da Mônica e certamente são figuras inesquecíveis que fizeram e fazem parte da vida de adultos e crianças , até os dias de hoje.
Mas o cenário dos quadrinhos no Brasil possui mais que a moçada do bairro do Limoeiro em seu acervo. Outra preciosidade, criada há mais de 30 anos pelo desenhista Ziraldo, é o menino conhecido por usar uma panela na cabeça. Além de povoar os quadrinhos, o Menino Maluquinho eternizou suas travessuras por meio de longas metragens produzidos nos anos 90.
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O menino, famoso por usar uma panela na cabeça, foi criação do desenhista Ziraldo
MAS POR QUE GIBI?
Gibi era o nome de uma revista brasileira, cujo lançamento foi em 1939. Graças a ela, o termo gibi tornou-se sinônimo de “revista em quadrinhos”. Em Portugal, as famosas revistas são chamadas de Banda Desenhada.
UM COLECIONADOR DE HISTÓRIAS
Mais que um hobby. Uma paixão. Assim Dáiron Schuck define o ato de colecionar revistas de histórias em quadrinhos. E assim que começa a falar sobre sua coleção, ele questiona: “Quem não acha divertido ler um gibi?!”
EVERSON BOECK
Dáiron com alguns exemplares da sua coleção de gibis: acervo com cerca de 700 revistas em quadrinhos
Há 10 anos, ele coleciona as revistas e atualmente, possui cerca de 700 exemplares em seu acervo. Embora simpatize por todos os tipos, o colecionador tem sua preferência. “Cresci lendo as histórias da Turma da Mônica”, conta.
Para Dáiron , o colorido e a graça do gibi, estimulam as crianças a lerem. No entanto, o adorador de quadrinhos é enfático ao declarar que as revistas não são destinadas somente ao público infantil. “Gibi não é coisa de criança. Chegar em casa depois de um dia cheio no trabalho e ler um gibi, é relaxante”, destaca o jovem, de 27 anos.
Além de prazerosa, Dáiron explica que a leitura é instrutiva, uma vez que as histórias tratam dos mais diversos assuntos e possuem personagens especiais nos gibis. “A inclusão de pessoas com deficiência nos quadrinhos, é uma maneira de agregar mais e mais leitores e fazer com que todos se sintam integrados”, acredita.
Quando questionado sobre os desenhos animados da Turma da Mônica na televisão, Dáiron é bem claro. “Acho válido, mas para mim, o gibi é e sempre será, inigualável.”