Alyne Motta – [email protected]
Na manhã de ontem, 14 de setembro, tradicionalistas de Santa Cruz do Sul reuniram-se na Praça Siegfried Heuser para marcar o início dos Festejos Farroupilhas no município. A solenidade contou com um minuto de silêncio e foi um momento de homenagens ao tradicionalista desaparecido, Paulo Dorneles Pinto.
Alyne Motta
Centelha foi entregue a autoridades do município
Como a Chama Crioula não chegou ao seu destino, o coordenador da 5ª Região Tradicionalista (RT), Luiz Clóvis Vieira, juntamente com o capitão do 6º Comando Regional dos Bombeiros, Claiton Marmitt e os cavaleiros Celso Assmann e Adilson Kaercher trouxeram uma centelha para a abertura dos Festejos.
Alyne Motta
Os cavaleiros Adilson Kaercher e Celso Assmann, o coordenador da 5ª RT, Luiz Clóvis Vieira, e o capitão dos Bombeiros, Claiton Marmitt, foram responsáveis por trazer a centelha
“Perdoem-me a emoção, mas só temos que agradecer o carinho, as orações e a ajuda de todos neste momento difícil. Estamos fazendo de tudo para encontrar este cavaleiro, e vamos sair vitoriosos”, declarou o coordenador regional, Luiz Clóvis Vieira, ao entregar a centelha aos organizadores dos Festejos Farroupilhas.
Rolf Steinhaus
O coordenador compareceu à solenidade com o rebenque e esporas do cavaleiro que estava desaparecido
“Era o desejo e objetivo deste tradicionalista e dos Cavaleiros da Integração trazer a chama, então atendemos este pedido”, afirmou Vieira, ressaltando que a decisão, de permanecer em vigília até Paulo Pinto ser encontrado, foi sábia. “Não se deixa um companheiro para trás”, acrescentou.
Rolf Steinhaus
Fitas pretas foram distribuídas aos tradicionalistas durante abertura dos Festejos
Mesmo com uma tristeza presente no semblante de cada um dos tradicionalistas, o coordenador e os cavaleiros solicitaram que todos realizem suas rondas com alegria. “Que nossa cultura e a alegria dos gaúchos não sumam”, finalizou Vieira, lembrando que a tristeza vai existir, mas que ela não seja soberana.
Nossas Riquezas
Durante seu pronunciamento, o presidente dos Festejos Farroupilhas no município, João Norberto Lacerda, pediu atenção especial às riquezas gaúchas, lembradas no temário estadual dos Festejos deste ano. “A fauna e a flora nos dão o sustento, assim como a agricultura”, declarou Lacerda.
Rolf Steinhaus
João Lacerda: “compareçam às atividades, apesar da dor que sentimos”
O presidente ainda agradeceu a presença de João Andrade Teixeira, o patrono da 46ª Semana Farroupilha do município. “É uma pessoa exemplar, companheira, amiga, e que nunca negou nada ao tradicionalismo”, afirmou Lacerda, valorizando a importância do tradicionalista.
Lacerda aproveitou a ocasião para convidar a todos a comparecerem aos Centros de Tradições Gaúchas (CTGs) “apesar da dor e da tristeza que sentimos”, para prestigiar as atividades. Neste período, as bandeiras serão mantidas a meio mastro, como forma de homenagem.
Alyne Motta
A centelha foi entregue aos patrões dos CTGs Lanceiros de Santa Cruz e Camboatá, que iniciaram as atividades
Nas rondas, minutos de silêncio vão ser realizados antes dos hasteamentos e arriamentos dos pavilhões e outras atividades. Durante o desfile, na manhã do dia 20 de setembro, o lenço preto poderá ser usado nas lanças. Vale lembrar que, em ocasiões de luto, quem ostenta o lenço preto não poderá dançar.
Corpo foi encontrado
Um dos fundadores do grupo Cavaleiros da Integração, Paulo Pinto, estava desaparecido desde a manhã de terça-feira, 11 de setembro, quando caiu no Rio Pardinho ao atravessar uma ponte encoberta pelas águas. Ele retornava da cavalgada com os demais companheiros, onde buscaram a Chama Crioula em Venâncio Aires.
Os Cavaleiros da Integração permaneceram em vigília no CTG Tropeiro Velho, na cidade de Sinimbu, até o tradicionalista ser encontrado, na tarde de ontem, 14 de setembro. O corpo foi localizado em Linha Verão, cerca de quatro quilômetros de onde ocorreu o incidente.
Rolf Steinhaus
Corpo do cavaleiro foi encontrado cerca de 4 quilômetros após o local do incidente
Docencontro reúne o típico com o gostoso
A culinária do Rio Grande do Sul tem como tradição a carne de charque, o churrasco e as influências exercidas pela imigração italiana e alemã ocorrida durante o século XIX. Da mistura entre a comida indígena, portuguesa e espanhola e do homem do campo, surge a cozinha da campanha.
Mas não só de pratos salgados vive o gaúcho. O doce também tem seu espaço garantido na mesa deste povo. Com influências trazidas pelos imigrantes, reuniu os ovos dos portugueses, o vinho e a uva dos italianos, as compotas trazidas pelos alemães e outras riquezas gastronômicas.
Pensando em reunir quitutes encontrados na casa de nossas avós e antepassados, a ATS realiza amanhã, 16 de setembro, no Parque de Eventos de Santa Cruz do Sul, mais uma edição do Docencontro, concurso de sobremesas típicas do Rio Grande do Sul.
Cada participante deve levar digitada uma receita tradicional, não sendo necessária ser inédita ou de sua autoria. O concurso é destinado à comunidade em geral, não podendo participar profissionais do ramo alimentício ou representantes de estabelecimentos comerciais da área.
Divulgação/RJ
Semifinalistas passam para outra fase de degustação
PREMIAÇÃO
A pontuação será realizada pela apresentação e decoração do prato, sendo que somente 15 concorrentes passarão para a fase de degustação, onde serão escolhidos os três vencedores. Os semifinalistas receberão medalhas e primeiros colocados uma premiação especial.
Os quesitos de avaliação são: visual (10 pontos), apresentação oral do prato trazido, informando a receita, origem, pesquisas (10 pontos) e degustação (10 pontos). Para os semifinalistas, uma nova degustação será realizada pelos jurados, também valendo 10 pontos.
Poesias ressaltam as riquezas
O concurso de Poesia tem como objetivo estimular a arte e resgatar a tradição gaúcha por meio da expressão literária. Entre 200 trabalhos, os melhores poemas gaúchos foram escolhidos por uma comissão julgadora. Os vencedores terão seus poemas fixados nos ônibus que circulam nas ruas de nossa cidade.
O tema deste ano foi o mesmo dos Festejos Farroupilhas: Nossas Riquezas. O concurso é uma parceria da Comissão Municipal e da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Smec). A premiação será entregue no dia 19 de setembro, às 15h, no Parque de Eventos.
VENCEDORES
Categoria I
Ensino Fundamental – 6º ao 9º ano e EJA
1º Lugar: “Riquezas de nossa terra”, Beatriz Maria Gaspari, Cemeja – Etapa 2
2º Lugar: “Soneto ao Rio Grande”, Juliana Caiel de Menezes, 8ª série – E.E.E.M. Santa Cruz
3º Lugar: “Tradição Gaúcha”, Ana Paula Teichmann das Chagas, 6ª série – E.E.E.M. Santa Cruz
Categoria II
Ensino Médio, EJA, da Rede Pública e Privada
1º Lugar: “O Peão Gaúcho”, Lenon Pereira Alves, 1º ano do Ensino Médio – E.E.E.M. Santa Cruz
2º Lugar: “Amor Gauchesco”, Letícia Daiana Staub, 1º ano do Ensino Médio – E.E.E.M Monte Alverne
3º lugar: “As Riquezas”, Augusto Gustavo Goecks, 1º ano do Ensino Médio – E.E.E.M. Santa Cruz
Menção Honrosa: “O Agricultor”, Gabriele Carolina Vedoy de Oliveira, 1º ano do Ensino Médio – E.E.E.M. Santa Cruz
Categoria III
Ensino Superior e Comunidade em Geral
1º Lugar: “Pardinho”, Egídio Luiz Goettert, Comunidade em Geral
2º Lugar: “As riquezas do meu pago”, Sandra Luz de Souza – Comunidade em Geral
3º Lugar: “Voo”, Lourdes Hübler – Comunidade em Geral
Menção Honrosa: “Riquezas de Santa Cruz do Sul”, Maria Helena Palombini Grehs – Comunidade em Geral