Acontece neste domingo, 28, no entorno do Parque da Oktoberfest, a primeira edição do Grande Prêmio Santa Cruz de Ciclismo. Organizado pela equipe Santa Cruz Team com apoio da loja Faccin Bicicletas.com, Lisaruth Delícias Caseiras, Prefeitura municipal e do Corpo de Bombeiros, o evento visa resgatar uma antiga prova de corrida de bicicletas que acontecia no final dos anos 70 e início dos anos 80, conhecida como “Volta da Fenaf”, por também ocorrer nas mesmas ruas que contornam o parque onde era realizada a Festa Nacional do Fumo.
Álvaro Roberto Kellerman, representante comercial, 56 anos, participou das últimas edições da antiga corrida, que deixou de ser realizada em 1984 com a criação da Oktoberfest da cidade, quando ele também parou de competir profissionalmente. Hoje, depois de ficar fora das pistas por 27 anos e voltar às competições do esporte em 2013, ele faz parte da equipe que ajuda a organizar o GP Santa Cruz de Ciclismo, no qual também vai correr.
Kellerman conta que lembra bem como foi participar de sua primeira corrida, a popularmente conhecida “Volta da Fenaf” de 1977, aos 14 anos de idade, com uma bicicleta do pai que sequer era otimizada para o esporte. Na sua estreia o jovem ficara em 3º lugar, recebendo como premiação um jantar em um restaurante onde hoje fica o Centro Cultural 25 de Julho, dentro do parque da Oktober. “Eu lembro que na época eu tava no colégio, aí quando cheguei em casa o pai me falou que ia ter uma corrida ao redor da Fenaf, que achava que eu pedalava bem e que eu deveria correr”, conta Álvaro.
De acordo com o ciclista, as diferenças eram muitas para a atual configuração do esporte, que além de ter bicicletas muito mais otimizadas e tecnológicas, hoje é muito mais seguro e com categorias que são bem divididas e muito mais igualitárias para os participantes. “Na época não existiam categorias, todos os ciclistas competiam juntos, pois o número de competidores era muito baixo, ficando geralmente em torno de 30. Não se usava praticamente nenhum equipamento de proteção, nem mesmo o capacete”, conta Kellerman.
Agora, com as ruas que contornam o parque asfaltadas, o GP Santa Cruz de Ciclismo é modernizado, com as devidas regras de segurança e 17 categorias diferentes, que incluem uma para ciclistas em sua primeira corrida (Citadino); outra para membros das forças de segurança do município (Fireman); e também duas categorias de paraciclismo, a H (horizontal), com bicicletas especiais para pedalar com as mãos, e a C (convencional), com bikes parecidas com as normais, mas com pequenas adaptações para pessoas com deficiência físico-motora. O campeão gaúcho de paraciclismo na categoria H3, Rodrigo Schuh, já confirmou presença no domingo.
O intuito da competição, de acordo com Kellerman, é aproximar o ciclismo da população, mostrando que ele é um esporte acessível e saudável. “A gente quer integrar todo mundo, não só competidores, desde o cara que pedala só final de semana até o que vai todo dia pedalando pro trabalho”, explica Álvaro. Realizar o GP em uma área tão nobre da cidade contribui com essa aproximação, pois as provas do Campeonato Gaúcho que ocorrem em Santa Cruz sempre são realizadas no autódromo e, inclusive, a grande final deste ano será aqui.
No GP serão fechadas as pistas no lado de dentro que contornam o parque da Oktoberfest no sentido horário, nas ruas Coronel Oscar Jost, Avenida João Pessoa, Tenente Coronel Brito, Galvão Costa e Avenida Independência. As inscrições, que foram encerradas na quarta-feira, 24, tiveram a adesão de 104 participantes, um número expressivo para a primeira edição em uma época do ano chuvosa, de acordo com a organização do evento. A largada do 1º pelotão será às 8h20 do domingo.
SAIBA MAIS
O GP Santa Cruz de Ciclismo será uma prova aberta, etapa única de meio fundo, entenda o que significam as especificações:
Prova aberta – não existem restrições para participantes, todos que se encaixam nas categorias que terão corridas podem participar.
Etapa única – não haverá uma sequência de dias com várias corridas como em um campeonato, o GP inicia e termina no domingo
Meio fundo – Prova de curta distância, ao contrário da modalidade “fundo”, que é de longas distâncias