Diego Dettenborn – [email protected]
Ainda fortemente presentes no coração dos torcedores do Avenida, o sofrimento e a dor da queda para a divisão de acesso do futebol gaúcho têm mexido com os ânimos também de quem esteve por hora envolvido diretamente com o clube. Sem se pronunciar até então, o técnico Gilmar Iser veio a público na terça-feira, 10, e evidenciou o que de fato aconteceu durante a competição.
Após a confirmação do rebaixamento do Periquito ainda no último domingo, 8, diante do Veranópolis, o ex-comandante do time alviverde procurou o Riovale Jornal e também através de uma nota enviada à imprensa quebrou o silêncio e relatou o que sentiu nos últimos dias, e até mesmo durante a competição. Na nota, Iser relata situações internas e momentos difíceis dentro da competição. Logo nos primeiros minutos de conversa o ex-comandante do alviverde evidenciou o sentimento de frustração; perguntado se já estava tudo bem, o técnico apenas disse: “Não tem como estar tudo bem, os dias não passam”.
Sobre o silêncio após a partida e a decisão de não conceder entrevista coletiva, como era de praxe por parte do técnico ao final das partidas, Iser ressalta o sentimento de tristeza. “Não dei entrevista por achar que não teria palavras de conforto e de incentivo ao torcedor naquele momento, resumiria minha entrevista seguindo a mesma linha do presidente, a seguinte frase: Desculpa pelo fracasso da comissão técnica, diretoria e jogadores. Minha tristeza e abatimento pelo descenso aqui no Avenida foi maior com certeza, por ter o apoio total da sua torcida e diretoria, por ser um dos clubes da nossa região que sempre torci e admiro.”
Desabafo
“O que me conforta neste momento que mesmo com o resultado negativo no último jogo, a torcida que estava em grande número no estádio teve um comportamento excelente, jamais me criticando, ou jogadores e direção. Caímos juntos, sempre acreditando. Agradeço o apoio da população em geral, torcedores do Avenida e do Galo, de toda a região, meu muito obrigado.”
Rolf Steinhaus
No Avenida, Gilmar Iser sai pela porta da frente
Jair Eich
“Só tenho a agradecer, conheci de fato a pessoa do presidente Jaír Eich. Me falavam que seria difícil trabalhar com ele, por ser autoritário e também me diziam que ele escalava as equipes. Nada de anormal, nada de diferente dos outros presidentes que defendem seus clubes, e que escalam seus jogadores para sua valorização, o que eu concordo plenamente. No entanto, jamais forçou a escalação de um ou outro jogador.”
Gauchão 2012
“A tabela não nos ajudou, jogamos 8 jogos fora e sete em casa. Não somamos nenhum ponto longe de Santa Cruz. Por incrível que pareça, este era o meu maior orgulho como técnico em outros clubes, sempre somei pontos fora de casa.”
Despedida
“Espero ter contribuído ao Avenida nestes 4 meses de trabalho, mesmo com a frustração de não permanecer na elite. Quero agradecer o profissionalismo da comissão técnica, o caráter e a honestidade dos integrantes, bem como grupo de jogadores. Mantivemos durante 4 meses um bom ambiente de trabalho, com tranquilidade. Tivemos aqui esforços mútuos para honrar a camisa do Avenida, pena que faltou algo.”