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Estado reúne secretarias para alinhar medidas de combate ao Aedes aegypti

Cairoli salientou a importância da criação do Comitê Estadual Intersetorial de Combate ao Mosquito Aedes aegypti

 

O governador em exercício José Paulo Cairoli participou, nesta quarta-feira (20), de uma reunião de trabalho na Secretária da Saúde com a presença de outras secretarias envolvidas nas ações de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, zika e chikungunya. A reunião aconteceu na Sala de Monitoramento de Ações Estratégicas de Combate ao Aedes aegypti, inaugurada na última sexta-feira (15).

Cairoli salientou a importância da criação do Comitê Estadual Intersetorial de Combate ao Mosquito Aedes aegypti, instituído em dezembro de 2015, para alinhar as diretrizes que o governo e os municípios devem seguir para acabar com o mosquito e a transmissão das doenças. “Essa é uma prioridade nacional porque os casos de dengue têm aumentado muito em todo o Brasil. Essa é uma preocupação de governo e precisamos estar atentos”, alertou.

O secretário da Saúde, João Gabbardo dos Reis, apresentou dados de 2015 e das duas primeiras semanas de 2016 sobre os casos notificados e confirmados de dengue, zika e chikungunya no Rio Grande do Sul e no país. “Estamos vivendo momento de excepcionalidade na saúde pública que atinge todas as áreas de governo. Por isso, estamos apresentando a situação que estamos enfrentando para analisar o que cada secretaria pode atribuir no combate do mosquito”.

No Estado, a região de maior preocupação e que apresentou maior incidência de dengue é a Região Nordeste, tendo Santo Ângelo com 550 casos confirmados; Ijuí, com 238; e Frederico Westphalen com 201 casos.

As secretarias de governo planejam para os próximos dias uma reunião com prefeitos e lideranças nas regiões com maiores índices de focos do mosquito, como forma de conscientizar e chamar a atenção da população para essa grave incidência de casos nos últimos tempos.

Casos no Estado

Segundo dados apresentado pelo secretário Gabbardo, o levantamento das duas primeiras semanas de 2016 mostra que já foram notificados 108 casos suspeitos de dengue no estado, sendo apenas um caso confirmado e contraído fora do Rio Grande do Sul.

Em 2015, foram 4.065 casos notificados de dengue, 1.277 confirmados e 1.044 autóctones (contraídos fora do estado), sendo a Região Nordeste a de maior incidência da doença. Foram 24 casos suspeitos de zika vírus e nenhum confirmado. Não há registro de febre de chikungunya.

No Rio Grande do Sul, um caso de microcefalia foi confirmado pelo critério clínico-epidemiológico, no município de Esteio, na Região Metropolitana, relacionado a uma possível infecção pelo zika. A microcefalia é uma malformação congênita, na qual os bebês nascem com perímetro cefálico menor de 32 cm.

“Quando nós temos dengue significa que nós temos o mosquito, e se temos o Aedes aegypti poderemos ter a transmissão do zika. Acabar com o mosquito é a única maneira de parar a transmissão das doenças”, destacou o secretário Gabbardo.

Ações no Estado

Desde os primeiros casos identificados no país, a SES se antecipou à possível chegada do vírus ao Rio Grande do Sul, com medidas preventivas. Entre as principais ações do plano estadual está o Comitê Intersetorial e a campanha RScontraAedes, que é um conjunto de ações de informações, prevenção e combate ao mosquito. A população pode participar utilizando o site RscontraAedes.ufrgs.br e o telefone 0800 645 3308 (de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h30). Os canais estão disponíveis para dúvidas e informações sobre as doenças, assim como denúncias de focos do mosquito.

O encontro contou com a participação de secretários e representantes das secretarias da Saúde; de Obras, Saneamento e Habitação; da Educação; do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; da Agricultura, Pecuária e Irrigação; da Fazenda; da Segurança Pública; de Comunicação; da Casa Militar; e da Casa Civil.