Jéssica Ferreira
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A situação das UPAs no estado do Rio Grande do Sul foi uma das pautas abordadas pelo ministro da Saúde Arthur Chioro, na última sexta-feira, 15, em Brasília. Na oportunidade estiveram presentes representantes das prefeituras gaúchas – representando o município de Santa Cruz do Sul, a vice-prefeita Helena Hermany.
Uma comitiva de prefeitos e da Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul acompanhou o presidente da Famurs, Seger Menegás, em audiência com o ministro da Saúde. O grupo esteve em Brasília pedindo aumento dos repasses federais para a manutenção das Unidades de Pronto Atendimento (UPA), que têm sido motivo de dificuldades para as prefeituras. O ministro, no entanto, disse não e garantiu apenas os repasses atrasados e a compra de equipamentos para a abertura de dez UPAs que ainda estão fechadas.
Chioro afirmou também que a responsabilidade pelo custeio dos equipamentos das UPAs será dividida com o governo gaúcho, por exemplo, em Santa Cruz do Sul – que está na espera para inaugurar a Unidade de Pronto-Atendimento do Bairro Esmeralda, e caberá ao Estado entrar com recursos, porém, não há previsão para isso acontecer devido à falta de dinheiro em caixa.
Segundo o secretário de Saúde do município, Henrique Hermany, novas prioridades estão sendo tomadas, porém, a situação da UPA continuará sendo pleiteada. “As Unidades de Saúde, estão todas dentro do cronograma para iniciar atuações e atendimentos. Sobre a UPA, vamos seguir solicitando perspectivas concretas para inaugurar, porém vamos dar ênfase a uma nova prioridade que é ampliar o atendimento no Hospitalzinho tornando-o um centro de referência, além do mesmo absorver parte da demanda que é hoje canalizada para o PA”, ressalta. Henrique explicou que um dos motivos dessa nova prioridade se dá pelo fato da localização do Hospitalzinho, além de aproveitar sua estrutura passando a gestão para uma instituição filantrópica. “O Hospitalzinho está localizado na Zona Sul, prestando atendimentos para bairros como Bom Jesus, Santa Vitória, Harmonia, entre outros da região. Além disso, está prestes para ser inaugurado o Loteamento Bem Viver que abrigará em torno de 5 mil pessoas, e por conta disso, temos que potencializar o que já está em funcionamento”, finaliza.
A luta pelas UPAs
Em 2013, após reivindicação da Famurs, o governo do Rio Grande do Sul atendeu a uma solicitação dos municípios, reconheceu a demanda e dobrou os valores de repasse para as UPAs. Contudo, boa parte do incremento ficou apenas na promessa. Em 2014, o governo estadual não transferiu aos municípios a contribuição mensal dos meses de agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro e deixou de repassar cerca de R$ 10 milhões que seriam destinados para a manutenção das unidades. No entanto, os recursos federais destinados à manutenção das despesas mensais continuam insuficientes para cobrir os custos de funcionamento.
No Rio Grande do Sul, existem atualmente 13 UPAs inauguradas. Dez estão prontas para serem inauguradas ou aguardam a aquisição de equipamentos para abrirem as portas. Outras 22 estão em fase de construção.
