Everson Boeck
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De hoje até o dia 28 de novembro ocorre em todo o Brasil a Campanha Nacional de Vacinação contra o sarampo e a paralisia infantil. Neste período, crianças de 6 meses a 5 anos incompletos poderão receber a vacina oral poliomielite (VOP), que imuniza contra a paralisia infantil. Já a vacina tríplice viral, disponibilizada contra sarampo, caxumba e rubéola, será aplicada em crianças de 1 a 5 anos incompletos. Em Santa Cruz do Sul, a meta é vacinar 6.274 crianças contra a poliomielite – destas, 5.575 devem receber também a vacina contra o sarampo. As doses estarão disponíveis em todos os postos de saúde do município, inclusive no Serviço Integrado de Saúde (SIS) da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc).
Dia D
Neste sábado, 8 de novembro, ocorre também o primeiro Dia D da mobilização. Das 8 às 17 horas, estarão abertos os seguintes postos de saúde: UBS Alto Paredão, Avenida, Belvedere, Boa Vista, Jacob Schmidt, Jardim Esmeralda, Linha Santa Cruz, Monte Alverne e Pinheiral; ESFs Faxinal, Gaspar Bartholomay, Glória, Imigrante e Rio Pardinho; e no Centro Materno Infantil (Cemai). Além disso, uma unidade móvel estará disponível na Praça Getúlio Vargas, com técnicos capacitados para a aplicação das vacinas. O segundo momento será no dia 22, também das 8 às 17 horas.
O secretário municipal de Saúde, Carlos Behm, ressalta que os pais ou responsáveis devem levar junto o cartão de vacinação da criança, que também poderá ser atualizado, caso houver alguma imunização em atraso. “Através desta mobilização para manter a erradicação da poliomielite e garantir a eliminação do sarampo, esperamos preservar as altas coberturas vacinais, tanto nas ações de rotina quanto durante a campanha”, afirma.
De acordo com a coordenadora do Programa Municipal de Imunizações, Raquel Emmel Lopes, no ano passado o município superou a meta vacinal, chegando a 96% da cobertura em razão da prorrogação da campanha. “A expectativa é que consigamos atingir a meta novamente em 2014. As famílias podem procurar os postos durante todo o mês de novembro, pois eles estarão atendendo de acordo com seus horários de funcionamento”, lembra.
Arquivo/RJ
Crianças poderão receber as vacinas de 8 a 28 de novembro
Saiba mais sobre as doenças
SARAMPO
O sarampo é uma doença infecto-contagiosa provocada pelo Morbili vírus e transmitida por secreções das vias respiratórias como gotículas eliminadas pelo espirro ou pela tosse. O período de incubação, ou seja, o tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas, é de cerca de 12 dias e a transmissão pode ocorrer antes do aparecimento dos sintomas e estender-se até o quarto dia depois que surgiram placas avermelhadas na pele.O sarampo é uma doença potencialmente grave. Em gestantes, pode provocar aborto ou parto prematuro.
Sintomas – Além das manchas avermelhadas na pele (exantema maculopapular eritematoso), que começam no rosto e progridem em direção aos pés, podemos citar os seguintes sintomas: febre, tosse, mal-estar, conjuntivite, coriza, perda do apetite e manchas brancas na parte interna das bochechas (exantema de Koplik).Otite, pneumonia, encefalite são complicações graves do sarampo.
Diagnóstico – É feito através de exames clínicos e, quando necessário, confirmado por exame de sangue.
Tratamento – Por ser uma doença autolimitada, o tratamento é sintomático, isto é, visa ao alívio dos sintomas. Paciente com sarampo deve fazer repouso, ingerir bastante líquido, comer alimentos leves, limpar os olhos com água morna e tomar antitérmicos para baixar a febre. Em alguns casos, há necessidade de tratamento para o aumento de imunidade.
Vacina – A vacina anti-sarampo é eficaz em cerca de 97% dos casos. Deve ser aplicada em duas doses a partir do nono mês de vida da criança. Exceção feita às mulheres grávidas e aos indivíduos imunodeprimidos, adultos que não foram vacinados e não tiveram a doença na infância também devem tomar a vacina.
(Fonte: http://drauziovarella.com.br)
POLIOMELITE
Poliomielite, ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus (sorotipos 1, 2, 3), que pode infectar crianças e adultos por via fecal-oral (através do contato direto com as fezes ou com secreções expelidas pela boca das pessoas infectadas) e provocar ou não paralisia. A multiplicação desse vírus começa na garganta ou nos intestinos, locais por onde penetra no organismo. Dali, alcança a corrente sanguínea e pode atingir o cérebro. Quando a infecção ataca o sistema nervoso, destrói os neurônios motores e provoca paralisia flácida em um dos membros inferiores. A doença pode ser mortal, se forem infectadas as células dos centros nervosos que controlam os músculos respiratórios e da deglutição.
Sintomas – O período de incubação varia de 5 a 35 dias, com mais frequência entre 7 e 14 dias.Na maioria dos casos, a infecção pelo vírus da poliomielite pode ser assintomática. Isso não impede sua transmissão, pois é eliminado pelas fezes e pode contaminar a água e os alimentos.Quando se manifestam, os sintomas variam de acordo com a gravidade da infecção.Nas formas não paralíticas, os sinais mais característicos são febre, mal-estar, dor de cabeça, de garganta e no corpo, vômitos, diarreia, constipação, espasmos, rigidez na nuca e meningite. Na forma paralítica, quando a infecção atinge as células dos neurônios motores, além dos sintomas já citados, instala-se a flacidez muscular que afeta, emregra, um dos membros inferiores.
Diagnóstico – O diagnóstico fundamenta-se nos sinais clínicos e em exames laboratoriais de fezes para pesquisa do vírus.Também são importantes o exame do liquor, dos anticorpos da classe IgM e a eletroneuromiografia.É indispensável estabelecer o diagnóstico diferencial para distinguir a poliomielite de outras doenças que também comprometem os neurônios motores.
Vacina – Existem duas vacinas contra apoliomielite. A VPO-Sabin, ou vacina da gotinha, faz parte do Calendário Básico de Vacinação. Ela deve ser aplicada aos 2, 4, 6 e 15 meses de idade. Até os cinco anos, as crianças devem receber doses de reforço anualmente.A vacina Salk, administrada por via intramuscular, é indicada para pessoas expostas, com baixa imunidade, ou que viajarão para regiões onde o vírus ainda está ativo.
Tratamento – Poliomielite é uma doença de notificação compulsória ao sistema de saúde. Como em muitas infecções virais, não há tratamento específico para a doença, mas alguns cuidados são indispensáveis para controlar as complicações e reduzir a mortalidade. Entreeles destacam-se:Repouso absoluto nos primeiros dias para reduzir a taxa de paralisia;Mudança frequente de posição do paciente na cama, que deve ter colchãofirme e apoio para os pés e a cabeça;Tratamento sintomático da dor, febre e dos problemas urinários e intestinais;Atendimento hospitalar nos casos de paralisia ou de alteração respiratória; e Acompanhamento ortopédico e fisioterápico.
(Fonte: http://drauziovarella.com.br)