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Baixas temperaturas deixam saúde em alerta

EVERSON BOECK
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ANA SOUZA
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Depois de mais de uma semana com clima de verão o frio volta com intensidade no Rio Grande do Sul. As baixas temperaturas beirando pontos negativos deixam profissionais da saúde em alerta em função da Gripe A (H1N1). Os hospitais intensificam ainda mais as orientações sobre a prevenção para evitar a disseminação dos vírus.

CASOS NO MUNICÍPIO

A maior quantidade de notificações com suspeitas de pacientes infectados foi no Hospital Santa Cruz. Pelo menos 29 casos. De acordo com a enfermeira Eliane Krummenauer, integrante da Comissão de Controle de Infecção e Núcleo de Epidemiologia Hospitalar do Hospital Santa Cruz, foram confirmados seis casos de gripe A, sendo dois na pediatria, e um óbito. “Hoje não há nenhum caso suspeito internado. Nas últimas três semanas houveram apenas internações com suspeita (sem confirmação) e uso de medicamento Tamiflu”, explica.
Até o momento, segundo Eliane, não há preocupação em relação ao aumento destes números. “A mudança da temperatura nos últimos dias, no entanto, faz com que intensifiquemos as orientações aos funcionários e pacientes”, informa.
Já no Hospital Ana Nery, até o momento foi um caso confirmado. O paciente veio de outro município transferido através da Central de Leitos do Estado. Os demais atendimentos foram de casos suspeitos, em nível ambulatorial.

CUIDADOS E PREVENÇÃO

Em ambos os hospitais são dados vários tipos de orientações sobre prevenção. Para Eliane, o mais importante é a higiene respiratória que inclui o uso de lenço ao espirrar ou tossir, além de fazer frequentemente a higiene das mãos para diminuir a disseminação viral; não dividir copos, talheres e alimentos entre doentes e pessoas sadias; manter os ambientes bem arejados; evitar aglomerações de pessoas e cuidar sempre com a alimentação, vestuário e hidratação. “Enfatizamos cuidados como higienização de mãos, uso do álcool gel, que está disponível em todo hospital e protocolo de isolamento de casos suspeitos”, frisa Fabiane.
A enfermeira esclarece, ainda, que existem duas formas de prevenções: uma direcionada à comunidade e outra aos integrantes do grupo hospitalar. “Os pacientes que chegam ao hospital com síndrome gripal recebem máscaras cirúrgicas para evitar a disseminação da gripe. No caso de internação são encaminhados para um quarto de isolamento individual ou coletivo, conforme a patologia. Quanto aos profissionais, estes utilizam máscaras durante o atendimento”, observa.
No Hospital Ana Nery, conforme a enfermeira Fabiane Fengler, gerente Assistencial da instituição, todos os casos seguem as orientações da Vigilância Epidemiológica do Município. “Seguimos os protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Aqui no Hospital Ana Nery estamos muito tranquilos com relação aos casos de gripe por H1N1, não há motivos para preocupações. As medidas tomadas são em nível de prevenção e há uma equipe que realiza o monitoramento constante”, relata. O Hospital Ana Nery também trabalha com medidas de prevenção, tendo uma equipe que realiza o monitoramento constante.

ASSESSORIA HSC

No HSC funcionários e pacientes com suspeita de gripe utilizam máscaras

Hospital de Candelária suspende visitas a pacientes

O Hospital Candelária está com as visitas a pacientes suspensas desde a última sexta-feira, 06, em função da gripe A (H1N1). De acordo com a casa de saúde, a suspensão é geral e vale para todas as alas, sem previsão para voltar ao normal.
Conforme o administrador Telmo Percival Almeida, esta é uma maneira de evitar a propagação do vírus, mesmo que não tenha registro de morte provocada pela doença no município. Segundo ele, o objetivo é, além de proteger a população e funcionários, diminuir o fluxo de pessoas dentro do hospital. Apenas a presença de acompanhantes dos pacientes internados continua normal.
(fonte: Folha de Candelária)

O VÍRUS

Também conhecida como gripe suína, é causada pelo vírus influenza A H1N1, o qual representa o rearranjo quádruplo de cepas de influenza, ou seja, duas suínas, uma aviária e uma
humana. Foi inicialmente detectada no México no final de março de 2009 e desde então se alastrou por diversos países. Os sinais e sintomas da gripe suína são semelhantes aos da gripe comum, tais como febre, tosse, dor de cabeça, dores musculares, dor na garganta e fraqueza. Entretanto,
diferentemente da gripe comum, ela costuma apresentar algumas complicações em pessoas jovens.

A VACINA

A forma mais eficaz de evitar a gripe é por meio da vacina, pois protege contra as mutações mais comuns do vírus e do H1N1. “Sempre tivemos casos de óbitos por gripe. A pandemia surgiu em 2009 com o primeiro caso no México e em 2010 vivemos a fase da pós-pandemia. Aprendemos sobre o assunto e salientamos que é um vírus como outro qualquer que causa doença respiratória e podendo se apresentar de forma mais grave. Há doenças leves também com o H1N1. Os grupos prioritários são para as pessoas identificadas com maior risco, por isso o foco de vacinação. E os óbitos que ocorrem ultimamente são de pessoas na faixa dos 24 aos 40 anos, que estão fora dos grupos”, explica Eliane.
A vacina é composta pelo vírus morto, sem complicação. “A vacina tem um período para aquisição de imunidade de 15 a 20 dias. Se antes houver o contato com outros tipos de vírus, poderá ocorrer uma gripe. Assim que o organismo reconhece, o agente estranho irá criar anticorpos”, completa.

FIQUE ATENTO ÀS ORIENTAÇÕES

* Lavar bem as mãos antes das refeições e antes de tocar nos olhos, boca e
nariz
* Uso lenço ao tossir ou espirrar
* Evite aglomerações e mantenha os ambientes ventilados
* Não compartilhe copos, pratos e talheres
* Procure atendimento médico imediatamente se tiver: febre acima de
37,5ºC; tosse, dor de garganta e dor no corpo; diarreias e vômitos.
(Fonte: Governo do Estado RS)