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Menores de 5 anos devem tomar as gotinhas contra a pólio neste sábado

Ana Souza
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A campanha de vacinação contra a poliomielite terá uma novidade este ano. Todas as crianças menores de cinco anos devem receber as gotinhas hoje, 16, sendo que a iniciativa segue até o dia 7 de julho, portanto não haverá a segunda etapa. Em Santa Cruz do Sul serão 96 postos de atendimento – e mais três volantes na zona urbana e um na zona rural de Alto Paredão – que funcionarão das 8h às 17h. É importante levar o cartão de vacinação.
Será o Dia D de mobilização – que acontece em nível nacional – contra a pólio, quando haverá a presença do tradicional personagem Zé Gotinha. A meta no município é imunizar em torno de 7 mil crianças. Trabalharão na campanha 220 pessoas entre servidores, estagiários, voluntários e colaboradores de empresas privadas e públicas.
O secretário municipal de Saúde, Edison Rabuske, reforça a importância dos pais levarem seus filhos e estarem com o cartão de vacinação em mãos. “O município tem cumprido sua parte trabalhando com a prevenção e incentivando a participação em campanhas de vacinação. Agora, contamos com a colaboração dos pais e responsáveis”, acrescenta o secretário.
No Rio Grande do Sul a meta é imunizar 625 mil crianças, ou seja, 95% do público-alvo estimado. O secretário estadual de Saúde, Ciro Simoni, convocou os pais para levarem os filhos aos postos, pois este ano a campanha terá uma única etapa. A campanha estadual movimentará 5.118 pontos em todos os municípios gaúchos, sendo 2.022 deles fixos (Unidades Básicas de Saúde) e 3.096 volantes, que vão ao encontro da população em lugares públicos. Todas as crianças menores de 5 anos devem tomar as duas gotinhas, mesmo que já tenham sido vacinadas.

BRASIL

A campanha nacional de vacinação contra a poliomielite foi anunciada no dia 13 de junho pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e contará com a parceria de estados e municípios. A meta é imunizar, contra a paralisia infantil, 95% do total de 14,1 milhões de crianças menores de cinco anos de idade, o que representa 13,5 milhões.
Durante a apresentação da campanha, o ministro Padilha reforçou a importância do Dia D. “Além de todos os impactos positivos e um grande poder de mobilização, a campanha da pólio contribui para a atualização do calendário de vacinação”, assegurou, destacando que os pais têm um papel decisivo neste processo. O ministro lembrou que o Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, é um dos maiores programas gratuitos do mundo e vem contribuindo para diminuir a mortalidade na infância no Brasil.
Em todo o país, 115 mil postos estarão funcionarão, das 9h às 17h. Além das unidades permanentes, shopping centers, rodoviárias, escolas, entre outros locais, vão receber postos móveis. Cerca de 350 mil pessoas estarão envolvidas na campanha, com a utilização de 42 mil veículos, entre terrestres, marítimos e fluviais.
Serão distribuídas 23 milhões de doses da vacina oral. O Ministério da Saúde está investindo R$ 37,2 milhões em repasses do Fundo Nacional de Saúde para os estados e municípios. Além deste valor, também destinou R$ 16,7 milhões para a aquisição das vacinas.
O secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, explicou que a campanha deste primeiro semestre é com a vacina oral, as chamadas gotinhas. Ele destacou que, em agosto, será realizada, em todo o país, a campanha de multivacinação com a introdução da pentavalente e reforço das outras vacinas no calendário básico.
A partir de agosto as crianças que estão começando o esquema vacinal, ou seja, nunca foram imunizadas contra a paralisia infantil, irão tomar a primeira dose aos dois meses e a segunda aos quatro meses, com a vacina poliomielite inativada, de forma injetável. Já a terceira dose (aos seis meses), a quarta dose (aos 15 meses) e os reforços continuam com a vacina oral, ou seja, as duas gotinhas.

VACINA

A vacina contra a pólio é segura. Ela se destina a todas as crianças menores de cinco anos, mesmo as que estejam com tosse, gripe, coriza, rinite ou diarreia. No caso de crianças que sofrem de doenças graves, recomenda-se que os pais consultem profissionais nos postos e centros de saúde, para serem avaliadas se devem ou não tomar a vacina. Crianças com febre acima de 38º Celsius, ou com alguma infecção também devem ser avaliadas por um médico.

PREVENÇÃO

Não existe tratamento para a pólio, e somente a prevenção por meio da vacina, garante a imunidade à doença. O Brasil está livre da poliomielite há mais de 20 anos. O último caso no país foi registrado em 1989, na Paraíba. Em 1994, o Brasil recebeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) o certificado de eliminação da doença. E é apenas por meio da vacinação que se pode garantir que o vírus não volte a circular em território nacional.
Apesar de não haver registro de casos de pólio há 23 anos no Brasil, é importante manter campanhas de vacinação anuais porque o poliovírus, causador da enfermidade, pode ser reintroduzido no país. Isso porque, o vírus ainda circula no mundo. Entre 2007 e 2012, 35 países registraram casos de poliomielite, sendo que três ainda são considerados endêmicos: Afeganistão, Nigéria e Paquistão.

Fotos: Rolf Steinhaus

Campanha de vacinação contra a pólio inicia neste sábado e segue até o dia 7 de julho

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A DOENÇA

A poliomielite é uma doença infecto-contagiosa viral aguda que atinge, principalmente, crianças de até 5 anos. É transmitida pelo poliovírus, que entra pela boca. Ele é carregado pelas fezes e gotículas expelidas durante a fala, tosse ou espirro da pessoa contaminada. Falta de higiene e de saneamento na moradia, além da concentração de muitas crianças em um mesmo local, favorecem a transmissão. O período de incubação (tempo que demora entre o contágio e o desenvolvimento da doença) é, geralmente, de 7 a 12 dias, podendo variar de 2 a 30 dias. A transmissão também pode ocorrer durante o período de incubação.
O poliovírus se desenvolve na garganta ou nos intestinos e, a partir daí, espalha-se pela corrente sanguínea, ataca o sistema nervoso e paralisa os músculos das pernas. Em outros casos, pode até matar, quando o vírus paralisa músculos respiratórios ou de deglutição. (Fonte: Site do Ministério da Saúde)

Meta é imunizar em torno de 7 mil crianças em Santa Cruz