Com o andamento da atual safra de tabaco, a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) concluiu, hoje, 21, a estimativa da produção para 2019/2020. Para o Rio Grande do Sul, prevê-se uma redução de 51.073 toneladas, com a área plantada reduzindo de 145.176 para 126.875 hectares. Para Santa Catarina estima-se uma redução na área de 93.394 para 88.984 hectares, e 34.570 toneladas de tabaco a menos. Já para o Paraná, a estimativa vai pelo caminho contrário, com aumento de produção calculado em 42.385 toneladas e aumento na área de 58.740 para 74.538 hectares. “Com isso, a estimativa de área plantada nos três Estados do Sul do Brasil é de 290.397 hectares e a produção de 646.991 toneladas. Comparada com a produção (664.991 toneladas) e área (297.310 hectares) da safra passada, temos uma redução estimada de área de 2,3% e na produção, uma estimativa de redução de 2,6%”, explica o presidente da Afubra, Benício Albano Werner.
Sobre a qualidade do tabaco da safra 2019/2020, Werner diz que, até o momento, “temos uma previsão, para fim de novembro, dezembro e janeiro, de chuvas mais regulares durante o desenvolvimento do tabaco em quase todas as regiões, nessa safra. Em todas as culturas, a qualidade e produtividade dependem de chuvas regulares e também de períodos de sol e, para o tabaco, o sol não pode ser tão escaldante, principalmente, se a planta tem uma certa carência de umidade, caso em que tem tendência de causar perda na qualidade”. Porém, o dirigente enfatiza que a qualidade e a produtividade da planta devem ser acompanhadas no dia a dia, levando-se em conta os cuidados e os períodos de colheita, cujas informações são passadas aos fumicultores pelos orientadores das empesas fumageiras. “A colheita está em torno de 14%, levando-se em consideração os três estados produtores do Sul do Brasil. No entanto, no Vale do Rio Pardo, já se tem 32% colhido. Já no litoral catarinense, a colheita está em 60%. As regiões mais tardias de plantio e colheita são o Sul do Rio Grande do Sul, o Planalto Norte catarinense e o Centro-Sul do Paraná”.
Após a conclusão do custo de produção, apurado pela Afubra junto com as Federações dos Sindicatos Rurais (Farsul, Faesc e Faep) e Federações dos Trabalhadores Rurais (Fetag, Fetaesc e Fetaep), o próximo passo é a negociação do preço do tabaco para a safra 2019/2020. “Estamos em contato com as empresas fumageiras para marcarmos as reuniões individuais. Cremos que estas devam ocorrer na primeira quinzena de dezembro”, finaliza Werner. As negociações devem ocorrer novamente, de forma individual, entre a Comissão de Representação dos Produtores e cada fumageira.