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Índice de Preço ao Produtor fecha março com variação negativa de 0,22%

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) registrou variação negativa de 0,22% em março, na comparação com fevereiro (0,52%). O índice mede a evolução dos preços dos produtos de 23 setores da indústria de transformação, na saída das fábricas sem impostos e fretes.
Com a variação de março, o IPP fecha com o primeiro resultado negativo desde o registrado em outubro do ano passado (-0,45%). Os dados referentes ao Índice de Preços ao Produtor foram divulgados hoje, 6 de maio, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado acumulado em 2014 chegou a 1,73%, em março – resultado que, no entanto, é 0,23 ponto percentual menor do que a taxa anualizada dos primeiros dois meses do ano: 1,96%. Já a inflação acumulada nos últimos 12 meses (a taxa anualizada) encerrou março com alta de preços de 7,96%, contra os 8,24% do período imediatamente anterior.
O IBGE apurou alta de preços em apenas cinco das 23 atividades pesquisadas, contra as 14 atividades do mês anterior. As quatro maiores variações de março em relação a fevereiro foram em equipamentos de informática, produtos eletrônicos e óticos (-2,54%); fumo (-2,01%); impressão (-1,66%) e madeira (-1,60%).
Mas os itens com maior influência, ou impacto, na variação negativa, foram equipamentos de informática, produtos eletrônicos e óticos (menos 0,07 ponto percentual), fabricação de máquinas e equipamentos (menos 0,04 ponto percentual), refino de petróleo e produtos de álcool (menos 0,04 ponto percentual) e outros produtos químicos (menos 0,04 ponto percentual).

Índice de Preços ao Produtor (IPP) de março fica em -0,22%

MARÇO 2014                    -0,22%
Fevereiro 2014                    0,52%
Março 2013                    0,04%
Acumulado em 2014    1,73%
Acumulado em 12 meses    7,96%
 
Gêneros alimentícios

Os preços de alimentos variaram em -0,06% na comparação com fevereiro de 2014 e o acumulado no ano ficou em -1,03%. Mesmo com os resultados negativos do trimestre (ocorridos em janeiro, -1,52%, e março), os preços de março foram 11,54% maiores do que os do mesmo mês do ano anterior. É o maior resultado desde fevereiro de 2013, 11,88%.
Entre os produtos em destaque em termos de influência, sobressaíram, com variações negativas de preços, “resíduos da extração de soja” (safra) e “sucos concentrados de laranja”. Com variações positivas, “leite esterilizado/UHT/longa vida” e “açúcar cristal”. Os quatro produtos influenciaram em -0.16 pontos percentuais a taxa de -0,06%. Destes produtos, apenas o leite apareceu em destaque em termos de variação.
Como reflexo também da seca, produtos ligados ao abate (“carnes bovinas secas, salgadas ou defumadas” e “produtos embutidos ou de salamaria de carnes, integrado ao abate”) impactaram positivamente o resultado. Um efeito sazonal – o verão particularmente quente de 2014 – explicou, por sua vez, a variação positiva em “sorvetes, picolés e produtos gelados comestíveis”.

Setor automotivo

   
Ao contrário dos resultados de janeiro e fevereiro, a fabricação de veículos automotores registrou variação negativa de 0,15 % na comparação de março com o mês anterior. Com isso, o acumulado no ano caiu para 1,56%. Com relação aos últimos 12 meses, a atividade ficou em 3,71%.
Os produtos de maior impacto na comparação com o mês anterior foram “automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potência”, com resultado positivo, e “peças para motor de veículos automotores”, “chassis com motor para ônibus ou para caminhões” e “caminhão-trator para reboques e semi-reboques”, com resultados negativos. Esses produtos representam -0,12 pontos percentuais na comparação com o mês anterior.
No acumulado de 2014, “motores de partida para motores de explosão” apresentou resultado negativo em março. Já “automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potência”, “caixas de marcha para veículos automotores” e “caminhão-trator para reboques e semi-reboques” apresentaram resultado positivo.

Agência Brasil
Com informações IBGE

Reprodução/Internet

Alguns dos itens com maior influência na variação negativa, foram equipamentos de informática, produtos eletrônicos e óticos.