Suilan Conrado
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Com a comercialização do tabaco na casa dos 90% no Vale do Rio Pardo, a preparação para a safra 2013/2014 do produto já iniciou. Conforme o técnico de campo da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Iraldo Backes, os produtores da região fazem no momento a semeadura nas sementeiras, já que a planta precisa estar com cerca de 12 centímetros para ser transplantada, o que só deve acontecer em agosto.
Rolf Steinhaus
Expectativa da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) é de finalizar a venda do tabaco ainda este mês na região
De acordo com Backes, a previsão é de que a compra do fumo pelas indústrias se encerre ainda este mês na região. Contabilizando os três Estados do sul, 85% das folhas já foram vendidas.
Ainda segundo Backes, a valorização do produto nas esteiras anima os produtores, o que se deve à qualidade do fumo e à relação entre a oferta e a demanda. “O tabaco continua bem valorizado em razão da qualidade que possui nesta safra e, principalmente, pelo fato da demanda estar muito em equilíbrio com a oferta”, explica.
LUCRATIVIDADE
Números preliminares da comercialização de tabaco no Rio Grande do Sul este ano indicam que a atual safra é a mais rentável para os produtores em pelo menos oito anos. A expectativa da Afubra é de somar 705 mil toneladas nesta colheita, gerando uma receita de R$ 5 bilhões para os produtores.
O presidente da entidade, Benício Albano Werner, reforça que o bom momento se deve sobretudo à qualidade do fumo, que foi favorecida pelo clima, e à relação entre oferta e demanda. “Temos um equilíbrio interessante, desde 2005 não houve uma safra tão boa para o produtor quanto essa”.
Werner explica que o adiantamento da comercialização também é efeito do preço médio pago pelas fumageiras. “Os valores praticados estimulam os produtores a vender antecipadamente, ao invés de ‘segurar’ o produto na expectativa de um aumento.”
PREÇOS
O quilo do fumo Virginia custa hoje R$ 7,34, um aumento de 15,4% em relação à safra anterior. Já o Burley está sendo comercializado a R$ 7,16, o que representa um incremento de 15%.
Das 705 mil toneladas previstas para esta safra, sendo 602 mil de Virginia, 90 mil de Burley e o restante do fumo galpão comum, cerca de 85% está destinada à exportação.
