Início Economia Setor público registra superávit primário de R$ 3,5 bilhões

Setor público registra superávit primário de R$ 3,5 bilhões

O setor público consolidado – governos federal, estaduais e municipais e as empresas estatais – registrou superávit primário de R$ 3,5 bilhões em março, informou ontem o Banco Central (BC). O resultado positivo veio depois do primeiro déficit primário registrado em meses de fevereiro, de R$ 3,031 bilhões. Em março de 2012, o superávit primário foi bem maior: R$ 10,442 bilhões.
No acumulado de 12 meses, encerrado em março, o superávit primário ficou em R$ 89,699 bilhões, o que representa 1,99% de tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB). A meta do governo para este ano é atingir R$ 155,9 bilhões.
No mês, o Governo Central (Banco Central, Tesouro Nacional e Previdência Social) registrou superávit de R$ 1,059 bilhão. As empresas estatais, excluídos os grupos Petrobras e Eletrobras, registraram superávit de R$ 298 milhões. Os governos estaduais apresentaram superávit primário de R$ 1,360 bilhão e os municipais, R$ 783 milhões.
O esforço fiscal do setor público não foi suficiente para cobrir os gastos com os juros que incidem sobre a dívida. Esses juros chegaram a R$ 19,359 bilhões, em março, contra R$ 21,037 bilhões de igual período do ano passado.
Com isso, foi registrado déficit nominal – formado pelo resultado primário e as despesas com juros, de R$ 15,859 bilhões, no mês passado, contra R$ 10,595 bilhões no mês de março de 2012.
O BC informou ainda que a dívida líquida do setor público chegou a R$ 1,596 trilhão em março. Esse resultado correspondeu a 35,5% do PIB, contra 35,6% registrados em fevereiro.
Outro indicador divulgado pelo BC é a dívida bruta do governo geral (governos federal, estaduais e municipais), muito utilizado para fazer comparações com outros países. No caso da dívida bruta, em que não são considerados os ativos em moeda estrangeira, mas apenas os passivos, a relação com o PIB é maior. Em março, ficou em R$ 2,663 trilhões, o que corresponde a 59,2% do PIB. (Kelly Oliveira/Agência Brasil)