Suilan Conrado
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As reuniões realizadas na última semana entre a Comissão Interestadual do Fumo, que integra as Federações da Agricultura (Farsul, Faesc e Faep), dos Trabalhadores Rurais (Fetag, Fetaesc e Fetaep) e a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), resultaram na definição do preço do tabaco. O tema estava em discussão desde novembro do ano passado.
O reajuste de 7,5% proposto pela representação dos fumicultores, foi aceito pelas fumageiras. Com isso, o preço do fumo BO1, é elevado, e passa a custar R$ 8,70 o quilo e R$ 130,50 a arroba.
De acordo com representantes dos produtores, o desfecho das reuniões foi positivo, e o percentual firmado em 7,5% juntamente com o protocolo que reestabelece tabela de preços única para a safra, proporcionam diversas garantias ao fumicultor, como a compra de toda a colheita, pagamento em quatro dias e frete, explica a Comissão.
O acordo, feito individualmente com cada empresa, garante ainda, a revisão dos valores das subclasses de tabaco e de uma avaliação conjunta do custo de produção.
PRODUÇÃO NO ESTADO
Divulgação/RJ
Exemplo de lavoura de fumo do tipo Virginia, um dos mais cultivados no Estado
A produção de tabaco no Estado do Rio Grande do Sul abrange 272 municípios, 86 mil pequenos produtores e cerca de 326 mil pessoas, que vivem no meio rural em função do fumo.
Segundo Benício Albano Werner, presidente da Afubra, o tipo de fumo Virgínia é um dos mais cultivados. Submetido à cura em estufas com temperatura e umidade controladas, ele adquire cores claras, que variam entre o amarelo-dourado e o laranja.
A estimativa da Afubra é de que o volume final colhido seja de 327 mil e 210 toneladas, com uma produtividade de 2 mil 111 quilos por hectare.