A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou o ano de 2012 em 5,84%. A taxa ficou abaixo da registrada em 2011, quando houve uma alta de preços de 6,5%, e dentro da meta estabelecida pelo governo brasileiro, que varia entre 2,5% e 6,5%. O resultado, no entanto, ficou acima do centro da meta, que é 4,5%.
O dado foi divulgado na quinta, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O principal responsável pela inflação de 2012 foi o grupo de despesas alimentos, que registrou uma inflação de 9,86% e respondeu por quase metade da taxa total do IPCA. O grupo de despesas pessoais também teve impacto importante, com alta de preços de 10,17% no ano. Já os transportes tiveram a menor taxa: 0,48%.
Apenas no mês de dezembro do ano passado, o IPCA registrou variação de 0,79%. A taxa mensal ficou acima do resultado de novembro de 2012 (0,6%) e de dezembro de 2011 (0,5%). (Vitor Abdala/Agência Brasil)
Tânia Rego/ABR
Alimentos registraram uma inflação de 9,86% ao longo dos 12 meses
TENDÊNCIA
A inflação mostra resistência em curto prazo, mas as perspectivas indicam retomada da tendência declinante ao longo de 2013, avaliou o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini. Ele divulgou nota para comentar a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no ano passado.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA fechou 2012 em 5,84%. Na nota, o presidente do BC destacou que a meta de inflação foi cumprida pelo nono ano consecutivo. A taxa ficou dentro do intervalo de tolerância de 2,5% a 6,5%, mas acima do centro da meta de 4,5%.
Tombini ressaltou ainda que, em relação a 2011, quando o IPCA ficou no teto da meta (6,5%), houve recuo. “Não obstante, na segunda metade de 2012, observaram-se pressões de preço decorrentes de choques desfavoráveis no segmento de commodities agrícolas, dentre outros fatores”, disse. (Kelly Oliveira/ABr)