A consagrada fotógrafa Dulce Helfer traz ao público o projeto “Poesia Líquida”, com curadoria de Zoravia Bettiol. A Casa das Artes Regina Simonis abre as portas para as imagens da profissional retratando as águas do Rio Grande do Sul, com toda a magia, beleza e lembrança da necessidade de preservá-las. A abertura será no dia 05 de Junho, às 19h30min, ficando aberto ao público até o dia 13 de Julho.
Desta vez, Dulce Helfer surpreende com emoções que literalmente saltam aos olhos, com o recurso Realidade Aumentada (RA), em parte das fotos, que permite ao público através de um aplicativo ouvir o som da água, bem como, ver pássaros voando, borboletas, água correndo e muito mais. Para utilizar o recurso, basta instalar no celular ou tablet o aplicativo da exposição, disponível para IOS e Android. Na busca, é preciso digitar “Dulce Helfer”, depois é só identificar as obras com a interatividade, se posicionar em frente e curtir as surpresas proporcionadas. A exposição também conta com recursos de acessibilidade, como audiodescrição, vinculado a parte das obras.
“Há equilíbrio e precisão nas composições plásticas da fotógrafa conquistadas pelo seu talento e trabalho constante. Há uma série de composições de detalhes da natureza que produzem belas texturas como os reflexos de sol em pedras submersas, a verticalidade gráfica dos juncos e a espuma causada pela poluição na água do esgoto. A exposição é um convite ao espectador para refletir sobre a natureza e como temos obrigação de respeitá-la e preservá-la, para que possamos viver melhor no planeta Gaia”, relata a curadora Zoravia Bettiol.
A preocupação com o meio ambiente é uma característica de Dulce Helfer que já realizou exposições sobre a Amazônia, mostrando a relação das pessoas com a floresta.
“Desta vez quis lembrar o Rio Grande do Sul. Ainda há tempo de conservar o que o homem está destruindo. Onde não há água, não há vida. Que as imagens que estão nesta “Poesia Líquida” ajudem a lembrar que a natureza é generosa, dando-nos alimento e beleza, mas que a humanidade precisa acordar do torpor em que se encontra para conservar o bem finito que escorre em suas, em nossas mãos”, lembra a fotógrafa Dulce Helfer.
A primeira exposição foi realizada em Porto Alegre, no Museu de Artes do Rio Grande do Sul – MARGS, que ocorreu de novembro de 2018 a fevereiro de 2019 e contou com um expressivo público visitante, estimado em 22,5 mil pessoas, entre eles alunos de escolas públicas e ONGs. A segunda cidade a sediar a mostra foi Rio Pardo, no Centro Regional de Cultura, onde lá permaneceu aberta de março a maio deste ano. Santa Cruz do Sul foi escolhida para encerrar a itinerância pelo interior. E é oportuno lembrar que no dia 02 de Junho se comemora o dia Mundial do Meio Ambiente. A exposição é totalmente voltada para a sustentabilidade de nossas águas e para a inclusão social. Poesia Líquida é uma realização do Ministério da Cidadania através da Lei Rouanet, com o patrocínio da Corsan e BRDE e produção da Skené Projetos Culturais.
Sobre o Livro
O projeto “Poesia Líquida” contempla também o livro homônimo à exposição. Com fotos de Dulce Helfer, traz textos de Tabajara Ruas (escritor e cineasta), Zoravia Bettiol (diretora do Museu das Águas/RS), Francisco Milanez (Presidente da AGAPAN), Leonardo Melgarejo (ecologista), Dulce Helfer e poesia de Mario Quintana. O design gráfico é de Cristiane Löff e produção da Skené Projetos Culturais.
Vale destacar que o livro foi editado com os mesmos recursos de Realidade Aumentada apresentados na exposição, em parte dos trabalhos.
“Trouxemos a interação com o público também para o livro. Queremos que os leitores e visitantes da exposição no Margs sejam tomados por esse espírito de indignação por um mundo mais sustentável. A água é o nosso maior patrimônio”, diz Dulce Helfer.
Sobre a autora
Dulce Helfer trabalhou 27 anos no jornal Zero Hora, em Porto Alegre e na Secretaria de Cultura do RS até 1990, onde participou com os escritores Tabajara Ruas e Carlos Urbim, do jornal cultural ” O Continente”.
Fez dezenas de exposições individuais e coletivas e recebeu 24 prêmios, entre eles três internacionais da Sociedad Interamericana de Prensa, dois Prêmios Press, como melhor fotógrafa do RS, Prêmio Nacional de Direitos Humanos, Prêmio de Fotografia do Banco Itaú e Prêmio de Cultura Joaquim Felizardo.
Fotografou com exclusividade para artistas como The Cure, B.B.King, Roberto Carlos, Avril Lavigne, Zizi Possi, Macalé, Luis Melodia e Fernanda Montenegro entre outros grandes nomes. Participou com textos e fotos em 48 livros.
Na área de cinema, trabalhou com David Lynch e fez still e making of em filmes dos diretores Tabajara Ruas, Beto Souza e Roberto Gervitz.
No Theatro São Pedro realizou diversas exposições, entre elas, “Paris.. Paris…” e “Amazônia- Tão Perto tão Longe”.
Tem textos publicados no Jornal Zero Hora, em livros sobre Mario Quintana e no livro “Seminários Espetaculares”, com a Associação Psicanalítica de Porto Alegre, para a qual fez palestra junto com Moacyr Scliar, na CCMQ.
Também foi palestrante na Feira do Livro de Gravataí, ao lado do crítico musical e jornalista Juarez Fonseca, no auditório do SESC. Abriu o Projeto “Due Arti” em Atlântida, expondo seu trabalho junto com as obras de Britto Velho.
Realizou a Mostra sobre Luis Fernando Verissimo, no Centro Cultural CEEE Erico Verissimo. Participou de exposição do MACRS na Casa De Cultura Mario Quintana, trabalhou no filme “Mãos de Cavalo”, com a atriz Mariana Ximenes, publicou fotos no livro “Dicionário Luis Fernando Verissimo”, lançado pela OPUS e Grupo Zaffari, participou das exposições sobre Mario Quintana ” Vinte ver Quint ana”, no Shopping Praia de Belas, do escritor Caio Fernando Abreu, no CCC. Erico Verissimo e no Museu da Diversidade Sexual, em SP.
Expôs 2 anos consecutivos em Paris, nas homenagens ao Estado do RS. Lançou o livro, ” O Melhor de Mario Quintana”, na Feira do Livro de POA, junto com os escritores Armindo Trevisan e Tabajara Ruas. Participou do livro “Iberê Camargo- Século XXI”, em homenagem ao centenário do artista, da Coletiva-20×20, na Bolsa de Arte e da Mostra beneficente, “Estação das Águas”, em prol da AMUSA- Associação do Museu das Águas de Porto Alegre.
Em 2015, foi Curadora artística do 1º Encontro França/Brasil em Porto Alegre, realizado na Casa de Cultura Mario Quintana. Recebeu o Prêmio Especial da AGES, pelo livro O MELHOR DE MARIO QUINTANA, junto com os escritores Tabajara Ruas e Armindo Trevisan. Foi palestrante da Feira Internacional do Livro, em Foz do Iguaçu. Fez as fotos do Jornal QUINTANARES, da CCMQ, em comemoração aos 25 anos da entidade cultural. Participou da mostra coletiva LUGARDIZER, na Galeria La Photo, em POA.
Em 2017, fez exposição individual, na Redenção, sobre a Guarda Municipal, no aniversário de Porto Alegre e participou da Mostra, ELAS POR ELAS, na Assembleia Legislativa em homenagem ao mês da mulher. Trabalhou com Murilo Rosa, em filme de Tabajara Ruas, com locações em todo o Estado do RS.
Em 2018, participa de Mostra sobre Caio Fernando Abreu, em Brasília, sobre Iberê Camargo, na FIC, do livro de Fernanda Montenegro e prepara exposição e livro, sobre as águas do Rio Grande do Sul, com o nome de POESIA LÍQUIDA.