Sara Rohde
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A cultura constrói a história do país e do mundo. Ela se encontra no presente, e se encontrará no futuro, se o passado for preservado e resgatado, e este é o principal objetivo de um museu: guardar e exibir histórias. Um museu garante a preservação da memória cultural da sociedade e resgata com peças e artefatos, uma vida passada, que não se apagou com o tempo. E Santa Cruz do Sul, a cidade dos negócios e de ênfase da tradição germânica, também é história e preservação de identidades.
Nessa quinta-feira, 28, foi reaberto ao público o Museu do Colégio Mauá, o qual guarda e preserva aproximadamente 80 mil peças, a grande maioria doada pela comunidade regional. São artefatos arqueológicos, objetos indígenas, materiais referentes aos imigrantes alemães e uma rara coleção de animais taxidermizados.
Na última quarta-feira, 27, no museu foi realizada uma coletiva de imprensa com o lançamento da Exposição Delicadeza e Dureza: Encantos da Natureza que segue até o dia 18 de dezembro. A mostra temporária enaltece os seres mais coloridos e belos da natureza, as borboletas e mariposas, além das mais variadas pedras, rochas e minerais. O foco é evidenciar aos visitantes a importância dos animais que estão expostos, e fortalecer a preservação da natureza.
Para o diretor do Colégio Mauá, Nestor Raschen, o museu tem um legado em Santa Cruz do Sul, e abrir mais uma exposição é de extrema relevância, “nós temos um acervo espetacular e de tempos em tempos valorizamos estas peças e trazemos ao museu. Desta vez estão expostos a nossa coleção de borboletas e os diferentes tipos de rochas e pedras, que são a evidência do museu, mas, não deixamos de considerar o grande acervo das outras salas”.
A diretora do museu, Maria Luiza Rauber Schuster, evidenciou a preocupação da instituição com o meio ambiente e destacou, “diversas vezes a gente ouviu sobre a questão de preservação da natureza e do meio ambiente, e lembrei que nós temos um acervo tão bonito de pedras, e um acervo tão rico de borboletas, por que não trazer à exposição? Uma vez que as pedras é uma questão tão trabalhada hoje em dia através de terapias alternativas, com a cura de doenças, fora a força que ela tem, a dureza, o encanto, a beleza como a cor, a forma e a origem do solo”.
Tanto como as abelhas, as borboletas também estão ficando extintas, disse Maria Luiza, “as nossas borboletas estão desaparecendo, um exemplo são as mariposas que as pessoas têm medo, dando atributo a coisas ruins, a superstições, mas, por trás dessa fragilidade há um papel fundamental na natureza, desde polinização até a garantia da preservação das florestas, da vegetação que necessita destes animais para continuar viva”. Segundo Maria Luiza esse é o objetivo de lançar a exposição, conscientizar as pessoas e principalmente os jovens e estudantes que visitam o local.