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Treta Rock Show completa três anos

Douglas Martins apostou em seu sonho

“Com o advento do Youtube e a facilidade hoje em dia em se comprar uma câmera”, Douglas Almada Martins, também conhecido como Top Gun, pôde realizar seu sonho de montar um programa nos moldes dos programas da MTV (Fúria MTV e Head Bangers Ball). A ideia de entrevistar bandas com muito sarcasmo e aventura acabou se concretizando há três anos, quando Top Gun lançou no dia 7 de novembro de 2013 o primeiro episódio do Treta Rock Show, no canal da TV Banho Maria, no YouTube. Segundo Top, “infelizmente ou felizmente, foi inviável financeiramente colocar na TV”. Para comemorar os três anos de programa no dia 18 de dezembro será realizado um festival de bandas em alguma praça de Santa Cruz. Douglas é santa-cruzense e Produtor em Mídia Audiovisual. 

O episódio 100 do Programa reuniu uma parte da galera do rock de Santa Cruz gravando um som coletivo. “Era uma ideia digamos lunática, mas como eu não desisto fácil convenci o Pablo Melo a me ajudar a compor uma música tema para o Programa de número 100”, explica Douglas. Ele convidou alguns músicos da cena do rock santa-cruzense e 23 aceitaram participar. Eles levaram tudo, ideia, música, músicos para o Estúdio Boca de Sons, do Alison Knak que produziu tudo no final. “O resultado está sendo melhor do que o esperado, já passamos das 1,3 mil visualizações no YouTube”, salienta. A música fala um pouco sobre a cena do rock em Santa Cruz. Vale a pena conferir no link https://www.youtube.com/watch?v=Z_hjclBuMH8

Galera do rock santa-cruzense que fez parte do Treta Especial #100

O programa funciona conforme Douglas vai produzindo, porque ele também trabalha, estuda e ainda tem a própria banda para dar conta. “Como sou sozinho no Treta Rock Show preciso roteirizar os programas, gravar, editar e colocar no ar, além de divulgar, então quando sobre um tempo eu dou jeito nisso”, comenta Douglas. Ele conta que acha que o Rock o escolheu e isso se tornou um estilo de vida, uma forma de pensar e algo que rege as atitudes dele. “Costumo dizer que o Rock and Roll é minha benção e minha maldição (risos)”, se diverte Douglas. 

Quem faz todo o programa é o próprio Douglas, vez ou outra, segundo ele, acontecem umas participações especiais “como a figura lendária do Rock em Santa Cruz, mais conhecido por Clebinho Rock N Roll, entre outros”, exemplifica. Com os 100 programas oficiais mais os teasers o produtor contabiliza em torno de 100.000 visualizações. O programa tem como público-alvo quem gosta de música, de rock e quer conhecer bandas novas ou até mesmo as já consagradas, “ou até quem não curte rock, mas quer dar umas boas risadas”, complementa Douglas. 

Aprendizado e desafio

Nos três anos de Treta Rock Show, Top Gun percebeu que muitas vezes o artista que ele sonhava entrevistar e que chegava até a ter medo de se aproximar, era muito mais humilde e carismático do que aquele da banda da esquina que conhece há anos. “A principal lição do Treta é que ele me ensinou a persistir e não me levar muito a sério”, garante. Para quem quer arriscar em algo novo, o produtor garante que com um pouco de força de vontade, sem medo, com uma ideia honesta e por mais simples que pareça, “vai lá e faça! Se não gostar, delete e tente tudo de outra forma”. 

Sobre produzir conteúdo para a internet, Douglas afirma que “a questão toda é conseguir divulgar no meio de tanta coisa, tanto material”. A internet, segundo ele, deu espaço e voz para todos, se a pessoa tiver uma câmera, ideias e vontade ela vai lá e faz. Algumas empresas e produtoras grandes têm investido em canais do Youtube e criado ‘youtubers’, mas programas mais simples como o Treta precisam de muito trabalho e força de vontade para continuarem ativos. “É o que eu tento fazer, enquanto tiver saúde, tempo e amor pelo que faço, vou continuar produzindo”, reforça Top Gun. 

“Um herói”

“Dá para dizer que quem acredita e vive o Rock and Roll hoje em dia é considerado um herói”, comenta Douglas. Segundo o produtor o Rock em geral, não só em Santa Cruz anda em baixa, tirando as bandas consagradas com Black Sabbath, Kiss ou Gun’s and Roses que acabou de se reunir. As bandas menores, segundo ele, consideradas ‘underground’ sofrem, pois “é muito material jogado no Facebook, no YouTube, na internet em si, o público acaba não conseguindo focar em algo”, explica. Ele ainda fala das grandes rádios que praticamente “viraram as costas pro Rock, e a TV então nem se fala, eles apostam na onda do momento”, destaca.