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Abolição da Escravatura: Para resgatar uma história nacional

Alyne Motta
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Com o objetivo de marcar as comemorações alusivas ao dia 13 de maio, Abolição da Escravatura, o Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (Compir) de Venâncio Aires está realizando hoje, 14, atividades culturais, utilizando a música como fio condutor.
Através de composições serão narrados diferentes momentos vividos pelo povo negro no Brasil. Desde a chegada da África, a escravidão, a liberdade, as lutas, protestos, até a superação e identidade. De forma dinâmica e descontraída, a história negra é contada em teatro e palestra.
O evento “Que a voz da liberdade, seja sempre a nossa voz” será apresentado às 20h, no auditório do Colégio Gaspar Silveira Martins (Conde D’eu, 1322 – Venâncio Aires), com entrada gratuita, e intercalado com teatro, dramatizado por Adriano Conceição, da Cia. Afro-Cena.
A palestra “História do povo negro” será apresentada pela professora Marione Drebel, da Secretaria Municipal de Educação. As músicas serão cantadas por Sérgio Rosa, da Cia. Afro-Cena, acompanhado de Gabriel Martinz e Abel Bibiano, passando por Leci Brandão, Cidade Negra, Jorge Aragão, Chico César, Sandra Sá e Olodum.
De acordo com Sérgio Rosa, todas as músicas falam por si só, com letras carregadas de mensagens. “É um evento recheado de reflexão e mensagens, que narra a história de um povo que muito contribuiu na construção da história de Venâncio Aires e do Brasil”, revela Sérgio.

Divulgação/RJ

Evento acontece hoje, a partir das 20h, no auditório do Colégio Gaspar

O Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial de Venâncio Aires é composto por Secretarias Municipais e entidades civis, Sociedade Négo, ONG Alphoria,
Cia. Cultural Afro-Cena, Movimento Negro, Sindicato da Construção e Mobiliário e Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc).

LEI ÁUREA
A Lei Áurea (Lei Imperial n.º 3.353), foi sancionada em 13 de maio de 1888, e extinguiu a escravidão no Brasil. O processo de abolição da escravatura no Brasil foi gradual e começou com a lei nº 581 (Lei Eusébio de Queiróz), em 4 de setembro de 1850, que proibiu o tráfico interatlântico de escravos.
Ela também foi precedida pela lei nº 2.040 (Lei do Ventre Livre), de 28 de setembro de 1871, que libertou todas as crianças nascidas de pais escravos, e pela lei nº 3.270 (Lei Saraiva-Cotegipe ou Lei dos Sexagenários), de 28 de setembro de 1885, que garantia liberdade aos escravos com mais de 65 anos de idade.
A palavra “Áurea” vem do latim “Aurum” e quer dizer feito de ouro, brilhante, magnífico, nobre ou de muito valor. A expressão refere-se ao caráter glorioso da lei que pôs fim a essa forma desumana de exploração do trabalho. O dia 13 de maio é considerado data cívica no Brasil.