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Os arranhões e feridas através de contos

Alyne Motta – [email protected]

A vida tem seus momentos e circunstâncias. Algumas boas, outras um pouco desagradáveis, mas todas fazem parte do processo de viver. As diferentes fases da vida do escritor Cassionei Niches Petry foram marcantes, unidas a leituras e circunstâncias sociais e históricas, foram transformadas em livro.
Assim surgiram os contos, reunidos no livro “Arranhões e outras feridas”. Conforme o autor, as histórias têm origens distintas, mas surgem sempre a partir da observação da sua própria realidade. Os temas são relativos aos sentimentos e dores do ser humano, suas angústias, sofrimentos e fracassos.

Arquivo Pessoal

Cassionei Petry criou livro a partir das fases e vivências humanas

“São coisas que nos ferem física ou psicologicamente”, declara o autor, que é professor de literatura e mestrando em Letras (bolsista CNPq) pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Cassionei explica que na sua obra está presente a metaficção, que é quando aparece uma ficção dentro de outra ficção.
O título surgiu a partir da narrativa que abre o volume. “No princípio, seria Arranhões e outros contos mas, ao acrescentar a expressão outras feridas, o livro passou a ter uma unidade temática, pois os contos abordam as feridas do ser humano, tanto as externas quanto as internas, pequenas e grandes”, comenta.
O escritor explica que alguns contos têm como mote um acontecimento real, como o conto “O dia em que a Terra parou”, por exemplo, inspirado no atentado terrorista de 11 de setembro de 2001. “Caixa de Pandora”, por sua vez, foi escrito para um concurso de contos de ficção científica.

Reprodução/RJ

Livro teve seu lançamento durante a Feira do Livro de Santa Cruz do Sul

Não sendo muito adepto de registrar datas, o autor revela que mais de 10 anos levou para a obra ficar pronta. “Foi mais de uma década escrevendo, cortando, reescrevendo, jogando fora contos inteiros, tudo para chegar a apenas 74 páginas, com contos curtos, mas que custaram a ter seu formato final”, declarou.

ESTREIA
Depois de concluído, o livro precisava de uma estreia. Nada mais justo do que ela acontecer num grande evento, como a Feira do Livro de Santa Cruz do Sul, durante sua 25ª edição. “Como estreia, acho que foi bom”, avalia Cassionei, que conseguiu reunir amigos, parentes e colegas de trabalho.
“Foi importante ver as pessoas queridas, leitores do meu blog e das minhas colaborações com diferentes jornais (entre eles o Riovale Jornal)”, afirma Cassionei. Segundo ele, são pessoas que “estiveram lá para bater um papo, me dar um abraço e, por último e menos importante, comprar meu livro”, brincou o autor.

Arquivo Pessoal

Autor pretende escrever e publicar outras obras individuais

Dono da primeira obra individual (Cassionei já havia participado de uma coletânea de contos), acredita que mais pessoas poderiam ter participado de sua sessão de autógrafos. “Na mesma hora, o patrono da Feira também estava autografando. Uma atração internacional é bem mais importante”, justifica.

CONTINUAÇÃO LITERÁRIA
Cassionei tem ideias para novos livros, ou melhor, história para eles. Uma narrativa infanto-juvenil já está pronta, guardada para ir ao forno até chegar ao encontro dos leitores. O material é a continuação de um dos contos publicados no livro “Arranhões e outras feridas”.
Mas não para por aí. O autor também está escrevendo um romance e algumas anotações teóricas sobre o seu processo de criação, ambos para a dissertação do mestrado. Enquanto estes materiais não ficam prontos, há a possibilidade de adquirir o livro, já lançado, de Cassionei.
A obra pode ser adquirida na Livraria e Cafeteria Iluminura (Borges de Medeiros, 471), pelo site da editora Multifoco (www.editoramultifoco.com.br) ou diretamente com o autor (e tem a vantagem de receber um autógrafo), através do e-mail [email protected].