Alyne Motta – [email protected]
Tudo que é bom dura pouco. Ou nem tão pouco. Durante nove dias, a Praça Getúlio Vargas tornou-se um espaço mágico, apropriado para leituras e viagens, aos mais distantes e inimagináveis lugares. Essa transformação só é possível com o universo dos livros, capaz de aproximar pessoas, culturas e gerações.
Divulgação/Agência A4
Livros do patrono estiveram na lista dos mais procurados
Os números finais da Feira foram divulgados na noite de domingo, pela comissão organizadora. Este ano foram 29.500 livros vendidos, de acordo com os livreiros, sendo que 32.650 visitantes circularam por lá. Em comparação com o ano passado, a feira teve 34.232 livros vendidos e 42.460 visitantes.
Divulgação/Agência A4
Para as crianças, os mais buscados foram sobre o corpo humano e dinossauros
Entre uma infinidade de livros, os títulos mais procurados foram “Cinquenta tons de cinza”, de E. L. James, “Nem te conto”, de diversos autores, “Diário de um banana”, de Jeff Kinney e, do patrono Antônio Skármeta, como “O dia em que a poesia venceu o ditator”, “O carteiro e o poeta” e o infantil “Biscoitinho chinês”.
AVALIAÇÃO
Conforme Roberta, mesmo com menos público e vendas, o saldo foi positivo
Mesmo com menos público e uma quantidade menor de livros vendidos, a comissão organizadora considera positivo o saldo final da Feira do Livro. “A vinda de Antonio Skármeta agregou muito, tanto em visibilidade quanto em qualidade”, afirmou a gerente do Sesc Santa Cruz do Sul, Roberta Pereira, para a Agência A4.
Conforme ela explica, os dias em que o patrono esteve na cidade foram aproveitados da melhor forma. Nos primeiros dias, devido à chuva, o público foi mais tímido e, com a chegada do sol, aumentou consideravelmente, atingindo as expectativas dos organizadores.
Para a gerente do Sesc, o que deve ser feito para o próximo ano são melhorias internas, nada que afete diretamente o público. “Planejamos manter a estrutura e a programação diversificada, mas sempre há o que melhorar”, declarou Roberta em entrevista à Agência A4.
Quanto ao patrono, a comissão organizadora afirmou que ganhou o carinho do público devido a sua simpatia. “Um escritor de expressão internacional vai levar consigo o melhor da cidade para o mundo, mas é necessário que a cidade fique com o melhor dele também”, frisou o jornalista Romar Behling.
No seu jubileu de prata, a Feira do Livro de Santa Cruz do Sul colocou a cidade no mapa da cultura internacional, com investimento dez vezes menor do que o que há em outros eventos. Para a próxima edição, que já está sendo pensada, as sugestões que foram recolhidas, vão ser analisadas.
Armazém de Ideias
Produzida por 15 alunos da Escola Educar-se, a publicação Armazém de Ideias, do Departamento de Comunicação Social da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), lançou na tarde de sábado, 1º de setembro, sua 13ª edição, que tem como tema “corporiedade”, alusiva às transformações no corpo dos alunos.
Divulgação/Educar-se
Edição foi lançada durante a Feira do Livro
Para a produção da revista, os encontros ocorrem uma vez por semana como uma disciplina extra, na qual os estudantes do colégio se matriculam. Segundo a professora Mirela Hoeltz, em entrevista à Agência A4, “o intuito do projeto é fazer com que eles entendam o processo de comunicação”.
Divulgação / Agência A4
Alguns alunos estiveram presentes no lançamento
Ativo na escola desde 2005, sob a coordenação de Mirela, é um projeto de educomunicação e procura tornar os participantes mais críticos com relação às linguagens da mídia. Além da revista, diversas outras atividades que envolvem comunicação são realizadas com os alunos, com rádio e televisão.