Alyne Motta – [email protected]
De uma maneira quase sem querer, surgiu a Lusco Fusco. Dentro de uma sala minúscula na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), com as paredes pintadas, pixadas e cheias de ideologia que a “crioulage” foi se achando, trocando ideias e enfim, aos poucos formando a banda.
Em janeiro deste ano, no local pequeno onde está instalado o Diretório Acadêmico do curso de Comunicação Social da Unisc, que Alex Souza, Diego Dettenborn, Gregori Bertó, Khymn Porto e Giusepe Fontanari uniram-se por coincidências de estilos musicais e pelo simples apreço à boa música.
Rolf Steinhaus
A união de amigos resultou na Lusco Fusco
Uma aposta na amizade e na música foi o primeiro passo dos cinco integrantes para dar seguimento à Lusco Fusco. “O nome tem muito a ver com o real sentido: meio dia, meio noite. Isso se estende aos sons da banda, e ao estilo, ou seja, nada que possa ser rotulado”, explicam os integrantes.
Todos acadêmicos de Comunicação Social, a banda é uma junção de cinco rapazes que tocam para divertir a si e aos outros, só que de forma mais profissional. “A imagem da banda é essa. Descontração e interatividade total com quem curte o nosso trabalho autoral”, admitem.
Rolf Steinhaus
Integrantes fazem uma mistura de samba rock funk e groove
INFLUÊNCIAS
A ideia da banda representa o sentimento e o samba groove funk rock que eles decidiram fazer. “Nosso desejo é voltar a ouvir no rádio a música boa, de qualidade e principalmente a nossa tão imaculada Black Music”, garantem. Como influências surgem Tim Maia, Sandra de Sá, Bezerra da Silva, Jorge Ben, Seu Jorge e outras figuras.
“É um som sem definição específica. Pelas influências de cada um de nós, o resultado final expressado nas músicas se tornou um estilo que não pode ser definido. Para alguns fazemos samba rock, funk, soul ou até groove brazuca. Nós preferimos chamar nosso som de Lusco Fusco”, descrevem.
ESPAÇO
E como toda banda que surge, a busca por apresentações e espaço na mídia torna-se difícil. Com a Lusco Fusco não foi diferente. “As bandas autorais não têm espaço na mídia, logo o público não conhece e as casas de shows não contratam se não for cover. Sendo assim, a banda não chega na mídia”, afirmam os integrantes.
Mas mesmo sendo um caminho difícil, o trabalho autoral recompensa. “É engraçado ver as pessoas cantando as músicas da banda nos shows. Como não divulgamos nossa música de trabalho nas rádios, percebemos que a galera realmente curte o que fazemos”.
Para a banda, tudo aconteceu de forma natural. Segundo eles, por serem uma proposta diferente, o reconhecimento vem chegando aos poucos. “Nosso objetivo é não deixar ninguém parado quando estamos em cima do palco. E essa troca de energia tem sido muito positiva”, avaliam.
QUALIDADE
Com toda a energia que passam no palco, uma das preocupações da Lusco Fusco é com a qualidade. O cuidado é tanto que se encontram diariamente para compor músicas novas e organizar a agenda. Os ensaios são semanais, seja informalmente na casa de alguém ou no estúdio, onde o trabalho torna-se sério.
E a qualidade pode ser observada nos shows, que tem o Alex no violão, cavaco e vocal, Diego na guitarra e voz, Khymm no vocal, Gregori na bateria e Pepe no baixo e voz. Quem quiser contratar para apresentações, o telefone é (51) 9706 9580, com Diego Dettenborn, ou pelo site www.facebook.com/luscofusco.