Aprendizes das sete turmas do Programa de Aprendizagem Profissional Rural do Instituto Crescer Legal se reuniram pela primeira vez para um seminário conjunto nesta terça-feira, 26 de junho, em Santa Cruz do Sul. Jovens de Boqueirão do Leão, Candelária, Santa Cruz do Sul, Sinimbu, Vale do Sol, Venâncio Aires e Vera Cruz participaram do seminário junto com educadores e equipe pedagógica do Instituto. O diretor presidente do Instituto, Iro Schünke, abriu a programação que teve como tema A importância do trabalho em equipe para o crescimento pessoal.
“O espírito de equipe é essencial em qualquer atividade. Somos apenas peças de uma grande engrenagem e quando entendemos isso passamos a valorizar o trabalho do outro. O próprio Instituto é a prova viva disso. Apesar de ser uma iniciativa do SindiTabaco e suas empresas associadas, todos os resultados que temos obtido nesses três anos de atividades só foram possíveis com o apoio e adesão de pessoas e entidades, públicas e privadas, envolvidas com a educação e com o combate ao trabalho infantil”, reflete.
Segundo a coordenadora do Instituto, Nádia Fengler Solf, o seminário teve como objetivo proporcionar aos jovens uma autoavaliação e reflexão sobre quais as contribuições do jovem para com sua equipe de trabalho. Para isso, dinâmicas e rodas de diálogo foram realizadas com os jovens, que também assistiram à palestra Juntos somos mais fortes e inteligentes que um sozinho, do palestrante Jeferson Cappellari.
“Ninguém chega a algum lugar sem uma palavra de incentivo. Como aprendiz eu só tenho a agradecer por essa experiência,” afirma Gilberto da Rosa, 17 anos, jovem aprendiz de Boqueirão do Leão.
“A comunicação nos leva para frente; todos têm algo a contribuir”, reflete Sabrina Porto Correa, 14 anos, jovem aprendiz de Candelária.
SAIBA MAIS – Entre as ações do Instituto, o Programa de Aprendizagem Profissional Rural tem a participação de quase 130 jovens com idades entre 14 e 17 anos. Contratados como aprendizes por indústrias associadas ao Instituto, eles recebem remuneração e certificação de acordo com a Lei de Aprendizagem (Lei 10.097/2000 e Dec. 5598/2005). No entanto, eles não realizam qualquer atividade nas empresas. Toda a carga horária é cumprida no âmbito do curso de formação, tanto na instituição parceira, junto à família, na comunidade, como em viagens pedagógicas e visitas técnicas. O curso tem duração de um ano, com 4 horas diárias de segunda a sexta-feira, totalizando 920 horas de atividades teóricas e práticas em gestão. No programa das atividades consta o estudo e análise das propriedades rurais, diagnóstico do município e da região com estudos dos arranjos produtivos locais e mapeamento das parcerias locais e alianças estratégicas. Os adolescentes também desenvolvem trabalhos em grupo envolvendo as famílias e a comunidade e estudos de viabilidade de desenvolvimento de produtos de gestão no meio rural.