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Semana começa com paralisação nas escolas estaduais

Everson Boeck
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A greve deflagrada na tarde da última sexta-feira, 14 de março, durante assembleia geral em Porto Alegre, resultou em escolas sem atividade, total ou parcial, em Santa Cruz do Sul no início desta semana.Segundo o Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers/Sindicato), a mobilização será marcada por visitas às escolas, realizadas ontem. Além disso, hoje devem ocorrer atividades nos núcleos do sindicato e, amanhã, um ato público estadual com concentração às 10h, em frente à sede do Cpers/Sindicato, na capital do estado.
Conforme a diretora do 18° Núcleo do Cpers/Sindicato em Santa Cruz do Sul, Miriam Neumann Trindade, no município estão parcialmente paralisadas as escolasErnesto Alves de Oliveira, Estado de Goiás e Professor Luís Dourado. “A Escola Estadual Nossa Senhora da Boa Esperança decidiu paralisar totalmente as atividades. As demais escolas vão definir durante esta segunda-feira (ontem) como será a adesão ou não ao movimento”, explica.
Hoje pela manhã, conforme a diretora do 18° Núcleo do Cpers/Sindicato, está programada uma mateada na Praça Getúlio Vargas, às 10 horas. Caso chova, o movimento acontece na sede do núcleo, na Rua Tenente Coronel Brito, 1000. Para o ato público em Porto Alegre, na quarta-feira, os educadores saem às 7h da manhã de Santa Cruz do Sul.
Segundo Miram, a paralisação tem o objetivo de chamar a atenção da sociedade para as reivindicações da categoria. “Nós temos de ser realistas. Não esperamos que esta mobilização resulte no pagamento do Piso Nacional aos professores, mas queremos lembrar a comunidade que este é um ano de eleições e, portanto, precisamos alertar que este é um governo que não cumpre a lei do piso, uma promessa de campanha, uma lei federal criada pelo próprio governador enquanto era ministro”, aponta.

Rolf Steinhaus

Escola Nossa Senhora da Boa Esperança, no Bairro Santa Vitória,
iniciou a semana sem atividades

Reivindicações

Durante a greve, a categoria cobra do governo:
– Implementação do piso como vencimento básico da carreira;
– Criação do piso para funcionários de escola;
– Defesa dos planos de carreira do magistério e dos funcionários de escola;
– Manutenção do índice de reajuste do piso de acordo com o custo aluno;
– Implementação de 10% do PIB na educação pública já;
– Contra o PNE do governo Dilma.
A categoria também reivindica a transformação do vale-refeição em auxílio alimentação e a nomeação imediata dos professores aprovados no concurso realizado no ano passado.A assembleia que deflagrou a greve também aprovou a realização de um seminário, no dia 31 de março, sobre o Golpe Militar e a criminalização dos movimentos sociais; e de uma atividade estadual conjunta com os servidores federais, em abril.

Rolf Steinhaus

Assim como em outros municípios do estado, a escola Boa Esperança
começou a semana com as portas fechadas

Pedro Revellion

Categoria decidiu pela paralisação de três dias durante assembleia geral
na sexta-feira, em Porto Alegre